Irlanda exige intervenção militar da ONU diante do genocídio em Gaza

Em uma entrevista à emissora pública irlandesa  RTE no sábado, o presidente irlandês Michael Higgins pediu à Organização das Nações Unidas (ONU) que estabeleça uma força internacional para garantir a transferência de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza.

Higgins citou o Capítulo VII da Carta das Nações Unidas, que concede ao Conselho de Segurança a autoridade exclusiva para autorizar o uso da força militar para resolver conflitos em todo o mundo.

No entanto, ele afirmou que “se uma porcentagem específica do comitê da Assembleia Geral apoiar, mesmo que o Conselho de Segurança use seu poder de veto para impedi-lo, o Secretário-Geral pode solicitar o estabelecimento de uma força internacional e garantir o acesso humanitário”.

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Higgins fez o apelo depois que a Classificação Integrada de Segurança Alimentar (IPC) da ONU, sediada em Roma, confirmou na sexta-feira que uma fome estava ocorrendo na província de Gaza, onde 500.000 pessoas enfrentavam uma situação “catastrófica”.

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O anúncio do IPC, que também alerta que a tragédia se espalhará para Deir al-Balah e Khan Yunis dentro de algumas semanas, provocou uma onda de condenação global.

Nesse contexto, Higgins descreveu as ações de Israel em Gaza como “um período trágico na história mundial” e as chamou de “genocídio”. O presidente enfatizou que a situação representa uma grave ameaça aos valores democráticos globais e ressaltou a necessidade de a Assembleia Geral da ONU assumir um papel decisivo na facilitação da ajuda humanitária.

Na sexta-feira, o líder da Irlanda condenou a fome imposta por Israel em Gaza e disse que o relatório oficial da ONU sobre a fome em Gaza não é surpreendente, dado o que está acontecendo na Faixa de Gaza.

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