Irã desconfia da trégua e promete responder à agressão israelense

O ministro da Defesa iraniano, brigadeiro-general Aziz Nasirzade, manteve conversas telefônicas separadas na segunda-feira com seus colegas turco e malaio, Yasar Guler e Mohamed Khaled Nordin, respectivamente.

Durante sua conversa com seu colega turco, Nasirzadeh abordou a agressão e o ataque israelense-americano ao Irã durante as negociações indiretas entre Teerã e Washington, deixando claro que o Irã demonstrou ao mundo que não se opõe a negociações e diálogo.

O Ministro da Defesa persa afirmou que a República Islâmica respondeu resolutamente aos Estados Unidos e ao regime sionista nesta guerra. “A República Islâmica não busca de forma alguma expandir a guerra e a insegurança na região, mas está pronta para dar uma resposta decisiva e lamentável a qualquer insolência por parte dos agressores”, alertou.

• As forças armadas do Irã garantem que suas capacidades estão em excelentes condições.

O Irã responderá com mais força se o inimigo cometer outro erro | HISPANTV

O chefe do Estado-Maior do Irã diz que se o inimigo cometer outro erro, o país responderá com ainda mais força do que antes.

Nesse sentido, ele ressaltou que o Irã “não confia no cessar-fogo” declarado por Israel, “e por isso traçou vários cenários para qualquer nova aventureirismo”.

• Conselheiro do líder iraniano pede que forças armadas mantenham o dedo no gatilho

Além disso, o ministro da defesa iraniano lembrou ao seu homólogo turco que “a República Islâmica e a Turquia estão localizadas em uma região sensível e compartilham ameaças, interesses e um destino comum, por isso é necessário que ambos os países realizem consultas conjuntas para garantir a segurança”.

Nesta conversa, o Ministro da Defesa turco condenou o ataque do regime sionista ao Irã e expressou suas condolências ao povo iraniano pelo martírio de comandantes militares e civis inocentes neste ataque.

“O povo e o governo iranianos defenderam heroicamente sua pátria contra ataques ilegais”, enfatizou.

Enquanto isso, o ministro da Defesa turco expressou sua satisfação e felicidade com o cessar-fogo. “Acreditamos que as negociações nucleares devem terminar com um acordo razoável que beneficie o Irã e a região”, acrescentou.

Em uma conversa separada com o Ministro da Defesa da Malásia, Nasirzade também agradeceu ao governo da Malásia por seu firme apoio ao Irã durante a guerra injusta imposta ao país persa pelos Estados Unidos e pelo regime sionista.

“A Malásia é um país importante no mundo islâmico e influente na região da Ásia Ocidental. A posição do governo malaio em relação aos acontecimentos no mundo islâmico e em muitas questões internacionais sempre foi justa e baseada nos ensinamentos da religião iluminada do Islã, que é muito valiosa para nós”, elogiou.

Por sua vez, o Ministro da Defesa da Malásia chamou o Irã de “um país amigo e confiável para a Malásia”. “Consideramos Israel o principal culpado nesta guerra e condenamos veementemente este ataque desde o início”, reiterou.

Ele também elogiou o desempenho das Forças Armadas, bem como a unidade e a coragem do povo iraniano nesta guerra imposta. “Temos certeza de que Israel não pode alcançar nenhum de seus objetivos no Oriente Médio (Ásia Ocidental), e o Irã provou que as declarações e alegações de Israel não passam de um mito”, enfatizou.

Em 13 de junho, o regime israelense lançou uma agressão contra o Irã, sob o pretexto de destruir completamente o programa nuclear pacífico iraniano. A agressão israelense teve como alvo centros militares, instalações nucleares e áreas residenciais em Teerã (a capital) e em muitas outras cidades iranianas.

Mais de uma semana após o ataque, os Estados Unidos, sob as ordens do presidente Donald Trump, também se juntaram a Israel no bombardeamento de três instalações nucleares iranianas em Fordo, Natanz e Isfahan, em grave violação da Carta das Nações Unidas, do direito internacional e do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP).

Em resposta, as Forças Armadas Iranianas  dispararam mísseis contra a base aérea americana de Al-Udeid, no Catar . 

Após 12 dias de agressão israelense, a resposta esmagadora das forças armadas iranianas, com o lançamento de centenas de mísseis e drones, forçou o regime de Tel Aviv a interromper a agressão e declarar um cessar-fogo.