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México (Prensa Latina) A Procuradoria Geral da República da Cidade do México informou nesta quarta (25) que um juiz expediu um mandado de prisão contra o ex-deputado Mauricio Toledo, que foi removido do cargo no dia 11 deste mês, acusado de enriquecimento ilícito.
O ex-deputado fugiu para o Chile no dia 26 de julho, aparentemente com a intenção de buscar refúgio como perseguido politicamente e protegido pelo fato de, como disse, seus pais serem cidadãos desse país.
Justamente por sua permanência no Chile, a Promotoria solicitou a emissão do aviso vermelho, por meio da Interpol México, o qual foi autorizado e publicado pela Secretária-geral do organismo internacional.
A promotoria informou que buscará a detenção do ex-deputado acusado de acordo com os tratados internacionais, uma vez que não pode ser apreendido com o respaldo da notificação vermelha dada a limitada abrangência que este instrumento de busca internacional tem no Chile.
Neste caso, uma vez localizado Toledo, o homólogo Escritório Central Nacional da Interpol informará à Interpol México que o foragido foi localizado naquele país e salvaguardará o direito de solicitar ao Chile, por via diplomática, o mandado de prisão provisória para fins de extradição.
Toledo Gutiérrez ficou sem jurisdição constitucional na quarta-feira, 11 de agosto, depois que a Câmara dos Deputados endossou o parecer contra o parlamentar do Partido Trabalhista com 381 votos a favor.
A Chefe do Governo da Cidade do México, Claudia Sheinbaum, comemorou a violação de Toledo e disse estar confiante de que a Procuradoria Geral da República da capital fará o que for necessário para sua apreensão.
Rafael Chong, promotor especializado no combate à corrupção, informou à Câmara dos Deputados que o acusado deixou o país rumo ao Chile, questionando uma possível fuga, mas respondeu que deveria partir por ‘compromissos assumidos com antecedência’.
Por sua vez, seu advogado Epigmenio Mendieta, afirmou que as acusações contra o ex-deputado respondem a uma vingança política.
Toledo fez parte dos escândalos e denúncias de 2017 como presidente da Comissão de Orçamento ao revisar e autorizar o uso de 8,5 bilhões de pesos (425 milhões de dólares) para consertar as casas afetadas pelo terremoto daquele ano. Existem também muitas outras acusações de fraude milionária.
