México (Prensa Latina) Uma das dificuldades mais graves que afeta as populações indígenas no México é a discriminação, a qual tem persistido por décadas, ratificam hoje estudos da Sociedade civil e dos Direitos Humanos.
A população nativa, que supera os 15 milhões de pessoas, é excluída em múltiplas formas: pelo aspecto físico, o léxico e suas tradições, ademais recebem pagamentos ínfimos como trabalhadores e muitos carecem de seus direitos como cidadãos.
Segundo os especialistas, a cultura indígena e seus valores são ameaçados por essas rejeições, que levam a população a optar por modos de vida diferentes ou emigrar em busca de melhores condições de subsistência.
Uma pesquisa aplicada aos povos originários revelou que as diferenças quanto à língua é um dos problemas que mais afeta as comunidades em sua relação com o restante da população.
Mais de 35 por cento dessa população que se comunica em sua língua materna afirmam que seus direitos não são respeitados, nem é bem vista a forma de vestir e seus costumes e tradições.
Também são prejudicados pela falta de oportunidades trabalhistas, acesso a serviços de saúde e educação, impedindo que se desenvolvam plenamente como seres íntegros e livres, em igualdade de condições.
Também não é bem visto que 20 mil comunidades indígenas e camponesas dos Chiapas, ao chegar o Horário de Verão, continuem se regendo pela Hora de Deus ou Horário Normal.
Para os tzotziles, que chamam o sol com o nome de ‘k´in’, o dia inicia com seu nascimento e finaliza quando se oculta nas montanhas do poente.
Os povos de acatecos, jacaltecos, mames e chujes, de origem guatemalteca, que levam mais de 30 anos em território chiapaneco, também não cumprem o regulamento do estado para o verão.
Em conclusões, a Lei Federal para Prevenir e Eliminar a Discriminação que promove a exclusão destes contrastes de tratamento, costumes, tradições e oportunidades, é insuficiente e continua sem cumprir seu objetivo.