Por Zeus Naya Bogotá, 1 Mar Prensa Latina) A Igreja Católica colombiana pediu hoje ao governo chefiado por Iván Duque que atenda às áreas afetadas pela violência na região do Pacífico.
Diante dos casos de confinamento, deslocamento e assassinatos, a autoridade religiosa lembrou que sempre acompanhou comunidades como a de Murindó, em Antioquia, onde cerca de 1.200 indígenas estão confinados por medo das minas antipessoais.
Por outro lado, em Tumaco são atingidos por massacres, e no Alto Baudo, cerca de 4.741 cidadãos encontram-se confinados e deslocados, referiu Rueda em texto citado pela imprensa local.
Durante as últimas semanas, os bispos da região do Pacífico expressaram clara e vigorosamente suas críticas ao governo central, pelo abandono dessas populações.
O arcebispo pediu-lhes que, apesar do desconforto de alguns pelo seu trabalho, não desanimem, continuem os protestos e mantenham a voz daqueles territórios que se encontram no meio do fogo cruzado dos grupos armados ilegais.
Este apelo da Igreja Católica se junta ao pedido feito pela Comissão da Verdade da Colômbia, que na semana passada pediu uma negociação com esses grupos para evitar a condenação das comunidades à morte.
De acordo com relatório divulgado pela entidade, o deslocamento forçado continua em 2021 no país, com 29 eventos registrados, mais de 3.000 famílias impactadas e 10.850 pessoas que deixaram seus locais de residência de forma massiva.
A Ouvidoria destacou que existem 40 comunidades confinadas em Chocó, Cauca e Costa Nariñense e dos deslocados, 90 por cento pertencem a comunidades étnicas do Pacífico.
Um dos fatos destacados pela Ouvidoria é o deslocamento intra-urbano ocorrido em Buenaventura desde 30 de dezembro até hoje, para o qual deixaram 1.442 famílias de 16 bairros à força.