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segunda-feira, 9 dezembro, 2024

Huawei diz que sua exclusão da rede 5G no Reino Unido ocorre por motivos políticos

EUROPA
A Huawei acredita que a decisão do governo do Reino Unido de remover a gigante tecnológica chinesa do desenvolvimento de redes 5G é politizada e não tem nada a ver com questões de segurança.
O ministro da Cultura e do Setor Digital, Oliver Dowden, anunciou nesta terça-feira (14) que a Huawei está proibida de fornecer equipamentos para a rede 5G do Reino Unido a partir do final do ano. Empresas de telefonia que usam equipamentos da companhia chinesa em suas redes 5G devem removê-los até 2027. De acordo com o ministro britânico, a decisão foi tomada por considerações de segurança nacional e sanções impostas pelos Estados Unidos contra a Huawei.
“Lamentavelmente, nosso futuro no Reino Unido se tornou politizado, trata-se da política comercial dos EUA e não de segurança. Nos últimos 20 anos, a Huawei se concentrou em construir um Reino Unido melhor conectado. Como empresa responsável, continuaremos a apoiar nossos clientes como sempre fizemos”, afirmou a unidade da Huawei do Reino Unido em comunicado.
O porta-voz da gigante chinesa na terra da Rainha Elizabeth II, Ed Brewster, chamou a decisão de “más notícias para qualquer pessoa no Reino Unido com um telefone celular”. Segundo ele, as conexões ficarão mais lentas e as tarifas subirão.
A decisão marca uma reviravolta significativa para o primeiro-ministro Boris Johnson, que afirmou anteriormente que a empresa chinesa teria permissão para trabalhar em partes não sensíveis da rede 5G.
No final de junho, a Huawei recebeu a aprovação para começar a trabalhar em um centro de pesquisa e desenvolvimento na cidade britânica de Cambridge. A empresa planeja contratar 400 pessoas e investir US $ 1,2 bilhão, cerca de R$ 6,5 bilhões na cotação desta terça-feira (14), no projeto.
O Reino Unido foi um dos Estados a impôr sanções contra a Huawei após os Estados Unidos fazerem o mesmo. A acusação é de que a gigante tecnológica pode espionar para o governo chinês. A Huawei refuta as acusações.
Sputnik

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