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sexta-feira, 19 abril, 2024

Honduras valoriza a renegociação de sua dívida pública externa

Tegucigalpa (Prensa Latina) As organizações hondurenhas alertam hoje sobre a relevância de não pagar a dívida externa da nação centro-americana, contraída pelas administrações anteriores a Xiomara Castro, e de promover uma renegociação com entidades internacionais.

Durante seu discurso inaugural, o vencedor das eleições gerais de 28 de novembro mencionou uma possível reestruturação desses compromissos, que totalizam cerca de 17 bilhões de dólares, um valor considerado asfixiante para as finanças do Estado.

Dados fornecidos pelo Banco Central de Honduras (BCH), mostram que até dezembro de 2021 o governo de Juan Orlando Hernández acumulou uma dívida externa pública de 9,25 bilhões de dólares, 137 milhões a mais que em 2020.

A história mostra que em 2005, após uma intensa campanha dos executivos de Carlos Flores e Ricardo Maduro e apoio internacional, o país conseguiu um cancelamento de 60% de suas obrigações com organizações de crédito e nações amigas, na época estimado em cinco bilhões de dólares.

Outro número preocupante é a dívida pública interna, relatada em novembro passado a mais de 7,5 bilhões de dólares, razão pela qual a presidente indicou as condições de falência do Estado à comunidade mundial durante sua cerimônia de inauguração em 27 de janeiro.

“Meu governo não continuará o vórtice de pilhagem que condenou as gerações mais jovens a pagar a dívida contraída nas suas costas”. Temos o direito de nos refundarmos com base em valores soberanos, não em usura e agiotagem”, disse Castro do Estádio Nacional de Tegucigalpa.

Em seu discurso, a representante do partido Libertad y Refundación (Libre) destacou que de 2009 a 2022, os altos dígitos da dívida, o pagamento de juros e o capital consomem atualmente 50% da receita do Orçamento Geral da República.

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