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Sputnik – Apesar do cessar-fogo acordado entre Israel e Hamas, seria errado pensar que a trégua significa calmaria das tensões entre Israel e Palestina?
Ezzat El-Reshiq, oficial do grupo palestino Hamas, declarou que Tel Aviv deveria terminar com suas ações em Jerusalém, bem como fornecer apoio para a reconstrução dos estragos causados pelos bombardeamentos em Gaza, informa a agência Reuters.
O oficial, porém, advertiu que mesmo com o cessar-fogo oficializado nesta sexta-feira (21), o grupo se manteria com suas “mãos no gatilho”.
“É verdade que a batalha termina hoje, mas [o primeiro-ministro israelense Benjamin] Netanyahu e todo o mundo devem entender que nossas mãos estão no gatilho, e continuaremos a aumentar a capacidade de [nossa] resistência”, afirmou El-Reshiq, citado pela mídia.
O Hamas, que governa a Faixa de Gaza e é considerado como grupo terrorista pelo Ocidente e Israel, exige a proteção da mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém Oriental, que não se livrou de ser atingida pelos confrontos. Contudo, outra grande exigência do grupo passa pelo fim da expulsão de famílias palestinas de suas propriedades na mesma parte da cidade, no bairro Sheikh Jarrah. O grupo caracteriza tais ações por parte de Israel como “uma linha vermelha”.
A recente escalada de confrontos entre Israel e Hamas teve seu início em 8 de maio, em Jerusalém Oriental, ainda durante o Ramadã, quando as Forças de Defesa de Israel (FDI) tentaram forçar várias famílias palestinas a abandonarem suas casas. Desde então, a partir de 11 de maio, o Hamas lançou inúmeros foguetes contra o Estado judeu que, em resposta, bombardeou centenas de alvos na Faixa de Gaza com mísseis e artilharia.
No final de 11 dias de confrontos armados, Tel Aviv perdeu 12 cidadãos, enquanto a Palestina viu 232 de suas vidas sendo sacrificadas.