Ele acrescentou que o item é fundamental para a recuperação da economia rural, pois implica na transformação de áreas não urbanas em áreas prósperas. Ele também observou que o BNDA pode combater a ‘escassez e insegurança alimentar crônica e desastrosa’ que o Haiti vive há anos, já que o futuro do abastecimento de alimentos depende das decisões que seus líderes tomem sobre a agricultura, disse ele.
Segundo o presidente, um dos motivos da baixa produtividade agrícola é o descompasso entre oferta e demanda por crédito, além do acesso limitado de quem trabalha a terra a serviços financeiros adequados às suas necessidades. ‘Apenas uma proporção muito pequena da população rural usa empréstimos, então o crédito para a agricultura é insignificante em comparação com a dotação de empréstimos bancários na economia nacional’, lamentou.
Nesse sentido, destacou que o governo investe em infraestrutura agrícola, interligação viária, bombas de energia solar para sistemas de irrigação, construção de barragens e instalação de cooperativas agrícolas, entre outros projetos.
Também estão trabalhando na implantação de centros de sementes nos departamentos Nordeste, Artibonite e Sul, além de adquirir equipamentos especializados para limpeza de drenos em grandes áreas agrícolas.
No entanto, reconheceu as limitações de acesso do agricultor ao financiamento, a informalização do setor e a instabilidade de renda, principalmente devido às intempéries, entre outros problemas.
Nos últimos meses, Moise enfatizou a importância da soberania alimentar e promoveu um plano para mitigar os impactos da pandemia que visa aumentar a produção em 12%.
O Haiti é um país eminentemente agrícola, porém nas últimas décadas a produção nacional caiu drasticamente, graças aos planos de organizações neoliberais, como o Fundo Monetário Internacional, e à gestão de seus próprios governos.