Bogotá (Prensa Latina) O sindicato dos professores da Colômbia entra hoje em um mês da paralisação continuada, ao mesmo tempo que convocou para um panelaço ao longo do país, em protesto pelas demandas não cumpridas apresentadas ao Governo.
A Federação Colombiana dos Educadores (Fecode) declarou em um comunicado enviado aos meios que a panelada nacional se leva a cabo com a consigna: pela defesa da educação pública do país.
Acrescenta que amanhã terça-feira se continuará a demonstração com uma marcha de tochas dos professores, que deve ser iniciado ao começar a noite.
Ao penalada, a Fecode está convocando a que seus filiados se apresentem com ondas, tampas, colheres, paneladas e elementos de cozinha ‘para ver se o Governo nos escuta’, acrescenta o apelo.
De novo as mobilizações se organizarão ao meio dia, com saída para a Praça Bolívar de marchas que partirão do Colégio Manuela Beltran, na avenida Caracas, o Serviço Nacional de Aprendizagem e o colégio Nicolás Esquerra, centros localizados em diferentes pontos da capital.
‘Não é justo o que está passando com a educação do país, já é hora que no ministério de Educação nos prestem atenção’, disse um dos ativistas da nova marcha reivindicativa.
Enquanto, conheceu-se que o Prefeito Maior do Distrito Capital, Enrique Peñaloza, se desculpou com o magisterio pelo excesso cometido pelo Esquadrão Móvel Antidistúrbios (Esmad) na passada sexta-feira.
Essa força repressiva atacou com chorros de água, gases lacrimogêneos e petardos de aturdimento a uma vigília que realizada pelos educadores na rua 26, a via que une ao centro de Bogotá com o aeroporto El Dorado.
Próximos já ao período de férias, atualmente encontram-se sem aulas mais de oito milhões de alunos do ensino público e cerca de 350 mil docentes.
O presidente da Federação Colombiana de Educadores, Carlos Rivas, recordou ao Jornal El Espectador que as motivação da paralisação não é só um tema salarial, ‘nós exigimos alimentação, transporte e infraestrutura para proteger às crianças’, dimensionou.
Acrescentou o líder do sindicato que pelo que se está lutando é em definitiva pela qualidade da educação em Colômbia.
No sábado o governo publicou um decreto de aumento de salários para os empregados públicos, com uma subida de 8,75 por cento, mas o sindicato respondeu que o tema não é somente salarial e ratificou a continuação da greve.