Guterres condena ataque deliberado de Israel a ambulâncias em Gaza

“Estou horrorizado”, disse  o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres , num comunicado divulgado na sexta-feira, depois de o bombardeamento israelita ter causado mais de uma dezena de mortos e pelo menos 60 feridos. Ambulâncias saíam do hospital Al-Shifa, na cidade de Gaza, e transportavam os feridos para o Egito, quando foram atacadas.

O político português condenou os bombardeamentos israelitas e voltou a apelar a um cessar-fogo humanitário em Gaza, pedido até agora categoricamente rejeitado por Israel. “As imagens de corpos espalhados na rua em frente ao hospital são comoventes”, acrescentou Guterres.

Ele lamentou que, durante quase um mês, os civis em Gaza, incluindo crianças e mulheres, tenham “sido sitiados, a ajuda foi negada, mortos e bombardeados a partir das suas casas. “Isto tem de acabar”, sublinhou.

Especialistas da ONU alertam que o tempo está se esgotando para evitar “um genocídio e uma catástrofe em Gaza”, exortando os aliados de Israel a assumirem a responsabilidade e agirem.

Na sua nota, o chefe da ONU alertou para a crise humanitária vivida no enclave costeiro, onde denunciou que Israel bombardeia até os abrigos da organização mundial, as morgues estão superlotadas e quase não há acesso a alimentos, água ou medicamentos. “Uma população inteira está traumatizada. Não há lugar seguro”, lamentou Guterres.

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Apesar dos apelos internacionais para respeitar as regras da guerra, Mark Regev, porta-voz e ex-embaixador de Israel no Reino Unido, alertou na sexta-feira que o principal hospital de Gaza, Al-Shifa, é um “alvo legítimo”, alegando que o movimento palestino HAMAS “ estabeleceu seu comando e controle” abaixo dessas instalações.

No mesmo dia , Israel bombardeou três hospitais na Faixa de Gaza : Al-Shifa, Indonésia e Al-Quds. Dezenas de pessoas foram mortas ou feridas no bombardeamento israelita contra centros de saúde e contra a caravana de ambulâncias que transportava os feridos para a passagem de Rafah, no sul de Gaza.

Desde 7 de Outubro, mais de 9.200 pessoas perderam a vida e outras 23.000 ficaram feridas em consequência do implacável bombardeamento israelita de Gaza.

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