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quarta-feira, 11 setembro, 2024

GUERRILHA COMUNICACIONAL VERSUS GUERRA MIDIÁTICA DOS MONOPÓLIOS

Por Pedro Rioseco

La Paz, 28 abr (Prensa Latina) Os processos revolucionários e progressistas da América Latina sofrem hoje uma ofensiva midiática continental dos grandes monopólios da informação, orientada a prejudicar a credibilidade de seus dirigentes, derrubar governos e promover o caos.

Esta modalidade de guerra midiática, que alguns têm chamado “golpe suave” ou “novo Plano Condor”, tem duas características comuns: é dirigido a partir dos Estados Unidos por especialistas em subversão de comunicação e utiliza todos os meios das direitas nacionais.

A tese atribuída ao ministro de Propaganda de Adolf Hitler, Joseph Goebbels, de que uma mentira repetida mil vezes acaba calando na mente de muitas pessoas como se fosse verdade, é uma das táticas empregadas por esses estrategistas da guerra midiática.

Semear dúvidas sobre a confiabilidade dos dirigentes de esquerda, espalhar rumores infundados por todos os meios da direita, sem se ater a princípios éticos ou responsabilidade com o que publicam, é uma prática do golpismo midiático em vários países da região.

Outro objetivo, claramente evidenciado, é promover a divisão das fileiras progressistas, em busca de ingênuos que se deixem influir pelo que veem nos principais canais de televisão, escutam em monopólios radiofônicos da direita ou leem em seus jornais de grande tiragem.

Um novo ator somou-se nesta guerra: as redes sociais. O emprego na Internet de conhecidos e cômicos “memes” para satirizar dirigentes, distorcer uma situação, ou espalhar mentiras, replicados de pessoa a pessoa, até alcançar ampla difusão “viral” nas redes.

O uso de “memes”, com fins políticos para caluniar dirigentes populares e tentar destruir governos progressistas, requer o emprego de profissionais altamente qualificados em Comunicação e Desenho, e está comprovado que muitos deles se fazem nos Estados Unidos.

A característica impessoal das principais redes sociais, onde o anonimato é parte de suas regras e qualquer um pode publicar nelas sem responsabilidade subsequente, as tornam instrumento ideal para propagar rumores, calúnias, e semear dúvidas principalmente nos jovens.

Esta “avalanche midiática” combina todos os meios com o método de sobrepor campanhas de mentiras, através da introdução de uma nova calúnia antes que os governos ou dirigentes demonstrem a falsidade da anterior, colocando-os sempre em posição defensiva.

Frente a esta conjunção de táticas, dentro de uma estratégia orientada a esmagar a credibilidade popular com o uso combinado dos grandes meios de comunicação da direita, uma elementar defesa é articular a resposta com uma espécie de “guerrilha comunicacional”.

Internet não é uma estrada de uma única via, e igualmente ocorre com as redes sociais. Evitar que os inimigos dos processos de mudança mantenham em xeque os governos, movimentos sociais e forças progressistas, só pode ser alcançado retomando a ofensiva informativa.

A confusão causada por falsas informações na mente de participantes dos processos de mudança requer explicações convincentes, confiáveis e fundamentadas, em ação conjunta dos meios progressistas locais e nacionais e o apoio internacional de meios revolucionários.

Está comprovada também a estratégia dos Estados Unidos que pretende impor a agenda midiática internacional, convencidos de que esta agenda será reproduzida nos meios de imprensa nacionais da direita nos países progressistas latino-americanos.

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Diante desta guerra midiática coordenada a partir de Washington a nível continental, torna-se necessária também uma ação coordenada tipo guerrilha comunicacional dos meios de comunicação progressistas, comunitários, indígenas, a difusão pessoal e o apoio de meios internacionais.

O princípio clássico de que “a melhor defesa é o ataque” se traduz na regra de difundir primeiro a verdade para que ninguém se confunda com as mentiras posteriores, e em divulgar a obra dos processos progressistas em favor do povo antes das versões distorcidas.

A verdade, dita a tempo aos ouvidos e posta ante os olhos dos principais beneficiários dos processos revolucionários, é a melhor vacina contra a manipulação midiática, as mentiras e informações sem fundamento.

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