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quinta-feira, 28 março, 2024

Guerrilha colombiana nega versões sobre preparativos bélicos

Bogotá, 12 jul (Prensa Latina) O comandante das FARC-EP, Pastor Alape, negou versões sobre uma suposta preparação desse movimento insurgente para a guerra urbana caso fracasse o processo de paz com o Governo colombiano, publica hoje o diário El Espectador.

Estamos caminhando com passos para a paz, nenhuma de nossas estruturas prepara-se para a guerra, insistiu o líder guerrilheiro durante uma entrevista concedida ao jornal de circulação nacional.

Ao aprofundar sobre o tema, Alape qualificou de inoportunas as declarações do presidente Juan Manuel Santos a esse respeito.

Em dias prévios, o mandatário comentou que se frustrarem os diálogos de Havana – o que considera quase improvável – esse grupo rebelde poderia fazer uma ofensiva bélica nas cidades (os espaços rurais têm sido os lugares mais castigados pelo conflito).

Desde 2012 representantes governamentais e das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo (FARC-EP) conversam na capital cubana com o objetivo de encontrar uma solução para o fim do conflito interno, que já dura mais de meio século.

Depois de conseguir pactos nos pontos de reforma rural integral, participação política, combate ao tráfico ilícito de drogas, vítimas e fim do conflito, as duas delegações devem definir assuntos como o mecanismo mediante o qual serão selecionados os magistrados do tribunal especial.

Essa corte será a encarregada de aplicar a justiça de transição na etapa posterior ao conflito.

A contenda deixou 300 mil mortos, quase 7 milhões de deslocados de seus lugares de origem e pelo menos 45 mil desaparecidos.

Depois da assinatura do chamado Acordo Final entre o Executivo e as FARC-EP, os cidadãos deverão validar todo o acordo através de um plebiscito.

Aos detratores do processo de paz há que lhes dizer que a guerra foi ferida de morte e está sendo derrotada, sublinhou Alape, citado pelo El Espectador.

No dia 8 de julho ocorreu um confronto entre efetivos militares e dessa guerrilha em La Uribe, Meta, não obstante, tanto o advogado Humberto e porta-voz do Governo – como o chefe das FARC-EP – Timoleón Jiménez – ratificaram sua decisão de prosseguir os diálogos rumo a sua satisfatória conclusão.

Segundo Santos, as negociações podem terminar em poucas semanas, a julgar por seus progressos até a data.

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