Quito, (Prensa Latina) Representantes de movimentos sociais e organizações políticas da região ratificaram aqui seu respaldo à União de Nações Sul-americanas (Unasur) e abogaron por manter a sede desse organismo.
Mais de 400 pessoas, provenientes de países como Colômbia, Peru, Venezuela, Chile, Uruguai e Equador, participaram este fim de semana no evento ‘Os Povos somos Unasur’ para defender a unidade latino-americana.
O encontro, efetuado nos baixos da sede da União de Nações Sulamericanas em Quito, tem lugar depois de que o presidente de Equador, Lenín Moreno, solicitasse a devolução do edifício.
Bolívia, em sua qualidade de presidente pró témpore desse mecanismo, advertiu a Equador que a reversivo das instalações da secretaria geral deve ser uma decisão atingida de consenso por todos os Estados membros.
Criada em 2008, a Unasul enfrenta uma situação difícil produto de problemas herdados da administração anterior, a cargo de Argentina, sobretudo pela falta de um secretário geral para o bloco.
Isto provocou que o passado 20 de abril Argentina, Brasil, Colômbia, Chile, Paraguai e Peru anunciassem que restringiam sua participação nessa instância regional.
Além desses seis países, a Unasul está integrada por Bolívia, Equador, Guiana, Suriname, Uruguai e Venezuela.
Durante o encontro deste fim de semana, William Trujillo, da organização Ventos do Sul, realçou a necessidade de criar consciência nos cidadãos sobre a importância da integração para defender as reservas de água, petróleo e outros recursos naturais.
Também para a proteção dos direitos dos trabalhadores, que muitas vezes se veem ameaçados pelas corporações internacionais.
Em declarações ao diário O Telégrafo, Trujillo advertiu que eliminar a sede da Unasul lhe tiraria a Equador a possibilidade de ser a capital da unidade do sul.