© AP Photo / Markus Schreiber
Sputnik – As autoridades ocidentais estão empregando métodos “orwellianos” ao tentar convencer os eleitores de que os tanques trariam a paz para a Ucrânia e o objetivo da luta seria supostamente proteger os valores ocidentais, disse a parlamentar alemã do partido de esquerda Die Linke, Sahra Wagenknecht.
A distopia mais conhecida do romancista britânico George Orwell sobre totalitarismo e propaganda é “1984”, cuja referência foi utilizada pela parlamentar alemã do partido de esquerda Die Linke, Sahra Wagenknecht, para sustentar seu ponto de vista sobre o conflito ucraniano.
“George Orwell sabia que se todos acreditassem na mentira disseminada, então essa mentira entraria para a história e se tornaria verdade. Portanto, dizemos claramente que não acreditamos mais em suas mentiras. Sabemos que as armas matam e os tanques existem para travar guerra. E sabemos que nossa liberdade não é protegida na Ucrânia”, disse Wagenknecht durante uma manifestação em Berlim contra o contínuo apoio militar ao país.
O propósito do conflito na Ucrânia não é defender nenhum valor, mas expandir a influência dos EUA e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) sob o pretexto de “solidariedade com a Ucrânia”.
“Isso é mentira. Solidariedade seria tentar fazer de tudo para impedir as mortes. Solidariedade é salvar vidas, não destruí-las, defender a paz, não a guerra. Não requer tanques, requer diplomacia, negociações e vontade de compromisso de ambos os lados”, disse Wagenknecht.
A política alemã disse que “parte da verdade” foi o fato de que as negociações de paz mediadas por Israel e Turquia em 2022 falharam “não por causa da Rússia”. Ainda assim, ela instou Moscou a sinalizar sua prontidão para negociar agora.
No sábado (25), milhares se reuniram perto do Portão de Brandemburgo, em Berlim, para exigir que a Alemanha ajude a promover um processo de paz entre a Ucrânia e a Rússia, em vez de canalizar armas mortais para Kiev. A “manifestação pela paz” foi organizado pelo Die Linke, que estimou a presença de mais de 50.000 pessoas. Os manifestantes foram vistos agitando bandeiras da paz e segurando cartazes que diziam: “Faça a paz, sem armas” e “Diplomacia em vez de entrega de armas”.