Porto Príncipe (Prensa Latina) A Polícia Nacional do Haiti implantou nesta sexta (04) uma operação na entrada sul da capital, uma área controlada por gangues fortemente armadas que impõem sua lei.
Pelo menos dois policiais ficaram feridos e vários membros de gangues morreram, de acordo com o balanço parcial, divulgado pela mídia local. Até o meio-dia desta sexta-feira, o acesso a Porto Príncipe pelo sul do país era impossível.
No dia anterior, o primeiro-ministro Joseph Jouthe anunciou medidas extremas, depois que gangues atacaram três patrulhas policiais, uma delas na Ciudad de Dios.
‘Na guerra como na guerra’, disse o chefe do governo, que descreveu as ações das gangues como provocativas e pediu à população que se proteja para evitar ser vítimas colaterais. Ele garantiu que a polícia leva os ataques muito a sério e não ficará sem reação.
O Haiti vive um clima agudo de insegurança, com a multiplicação de sequestros, assassinatos e incursões de gangues armadas em bairros desfavorecidos. Somente na última semana, a mídia local identificou 14 sequestros, incluindo cidadãos estrangeiros, porém, os números são ainda mais alarmantes, segundo organizações de direitos humanos.
Os perpetradores exigem somas exorbitantes de dinheiro para libertar as vítimas, chegando mesmo a pedir um milhão de dólares em troca da vida de Maritza Beaubrun, esposa do chefe da segurança do Palácio Nacional.
No início desta semana, a polícia confirmou que prendeu 17 suspeitos de sequestro e libertou sete reféns. Também apreenderam sete armas de fogo, 13 veículos, 71 munições e uma grande quantidade de entorpecentes.