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Mais de 1,3 milhão de eleitores franceses votaram neste domingo (29) para escolher o candidato socialista à presidência da república. Benoit Hamon enfrentará uma dura batalha tanto contra a extrema esquerda quanto contra a extrema direita, bem como contra o centro do espectro político do país.
As opções no segundo turno das primárias socialistas foram disputadas por dois candidatos muito diferentes, Benoit Hamon e o ex-primeiro-ministro Manuel Valls, que estão em pólos opostos do Partido Socialista, com planos marcadamenteDIFERENTES PARA A França.
A corrida presidencial, que cada vez mais tem sido mais incerta, foi abalada esta semana pelas questões éticas enfrentadas pelo candidato conservador François Fillon, também ex-primeiro-ministro da França. As autoridades do país estão investigando um suposto falso emprego que sua esposa Penélope teria tido como assistente parlamentar.
Com uma proposta que fez manchetes, de dar a todos os adultos franceses uma modesta bolsa mensal, HamonSAIU da obscuridade na esquerda socialista vencendo o primeiro turno das primárias contra outros seis candidatos na semana passada.
Valls, por outro lado, enfatizou sua experiência no governo. Como primeiro-ministro entre 2014 e 2016, ele esteve à frente da reação francesa aos ataques com bombas e armas que deixaram 147 mortos em Paris em janeiro e em novembro de 2015. Ele também trabalhou para o governo em julho de 2016, quando um terrorista atropelou diversas pessoas com um caminhão em Nice, deixando 86 mortos.
Com o resultado, Benoit Hamon deve agora procurar bater o ex-ministro da Economia da França, Emmanuel Macron, o líder da Frente de Esquerda da França, Jean-Luc Mélenchon, o ambientalista Yannick Jadot e os dois grandes favoritos ao posto: Marine Le Pen (candidata de extrema direita, considerada a versão feminina de Donald Trump na França) e o ex-primeiro-ministro francês conservador, François Fillon.