Forças armadas venezuelanas declaram alerta permanente contra Estados Unidos

O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino López, afirmou nesse domingo (3) que as Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (FANB) estão em alerta permanente contra os Estados Unidos, após a tentativa rechaçada de invasão em La Guaira.

“Esta última ação é mais uma da longa lista de ataques do império norte-americano e de seus aliados, incluindo sanções criminais internacionais contra autoridades e entidades estatais”, afirmou o ministro.

O general López divulgou uma nota condenando a agressão armada perpetrada nesta manhã. À frente do Estado Maior Superior Geral da FANB, López afirmou, com base nas investigações já realizadas, que os mercenários foram treinados no território colombiano e que o plano foi preparado e incentivado pelos Estados Unidos.

López reconheceu a coordenação promovida pelo Comando Operacional Estratégico da FANB (CEOFANB) e a coesão entre militares, forças de segurança cidadã e Poder Popular, para enfrentar proporcionalmente às ameaças sistemáticas dos EUA.

“Todas as unidades militares do território nacional permanecem em alerta, preparadas para responder contundentemente a qualquer outra ameaça”, disse. O ministro afirmou que a operação Escudo Bolivariano, que “garante a vigilância contínua por todo nosso espaço geográfico”, será executada permanentemente após a invasão.

“Deste modo, foi neutralizada uma nova intensão de desestabilização, que pretendia causar caos e gerar um espiral de violência na sociedade venezuelana”.

No documento, López disse que alguns integrantes do grupo armado morreram e outros foram capturados, após as forças venezuelanas enfrentarem o ataque. De acordo com o general, havia “mercenários” vinculados ao narcotráfico. Segundo o ministro, muitas armas foram apreendidas.

Ele recorda que alguns dos equipamentos faziam parte do armamento “utilizado na ação subversiva de 30 de abril de 2019”, quando o deputado opositor Juan Guaidó tentou dar um golpe de Estado na Venezuela.

López afirmou ainda que buscas continuam, principalmente na região costeira do país, com o “objetivo de localizar outros possíveis envolvidos e determinar suas conexões”.

Invasão rechaçada

O ministro da Justiça, Interior e Paz da Venezuela, Nestor Reverol, afirmou na manhã de domingo que o país sofreu uma tentativa de invasão marítima na região de La Guaira, que pretendia desestabilizar o país e “cometer atos terroristas”.

Reverol declarou que um grupo de “mercenários terroristas da Colômbia”, tentou realizar uma invasão por mar, com o objetivo de “assassinar líderes do governo revolucionário, aumentar a espiral de violência, gerar caos e confusão na população e, assim, levar a uma nova tentativa de golpe”.

O presidente da Assembleia Nacional Constituinte (ANC), Diosdado Cabello, afirmou que os Estados Unidos estão “obcecados para derrubar o governo bolivariano“. “Os organismos de segurança devem continuar trabalhando para que essas pessoas não tenham sucesso. Se deixamos de fazer, estaríamos condenando nosso povo a um largo período de violência”. disse.