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sexta-feira, 29 março, 2024

Forças Armadas da Venezuela reafirmam “apoio incondicional” a Maduro

Efe
A reunião do Conselho de Ministros da Venezuela aconteceu no salão Néstor Kirchner do Palácio de Miraflores nesta terça-feira (1/8)
“A Fanb se atém mais do que nunca à sua missão constitucionalmente atribuída, ratifica seu incondicional apoio e lealdade a nosso comandante em chefe e reitera o compromisso histórico de defender a soberania e independência nacional”, diz um comunicado da Fanb que foi lido pelo ministro de Defesa, Vladimir Padrino.

No texto, as Forças Armadas alegam que o governo norte-americano, “como parte da sua tradicional política intervencionista e imperialista”, assume “atribuições extraterritoriais que violam flagrantemente princípios elementares do direito internacional”.

Padrino destacou que a Venezuela não recebe ordens, nem aceita ameaças de “potências e impérios estrangeiros”. Além disso, afirmou que a Fanb defenderão a todo custo os interesses do povo. “Atuaremos sempre com a força da razão, o respeito à legalidade e aos direitos humanos”, disse.

O Conselho de Ministros, reunido no Palácio de Miraflores, sede do governo, declarou “irrestrito apoio” a Maduro. “Ante as incessantes, infames e ilegítimas sanções e a permanente ingerência por parte dos EUA, este Conselho de Ministros manifesta seu irrestrito apoio ao presidente Nicolás Maduro ante qualquer ameaça que atente contra nossa independência”, diz o comunicado lido pelo vice-presidente da Venezuela, Tarek El Aissami.

“Essa inaceitável ameaça do governo dos EUA é uma grave agressão contra a pátria e o povo da Venezuela, pretendendo calar as vozes de povos livres”, disseram os membros do governo. “Reafirmamos nossa convicção de ser bolivarianos, chavistas e antiimperialistas”, acrescentaram.

Desde meados de julho o governo Trump vinha ameaçando o governo Maduro com sanções em uma tentativa de pressionar o presidente venezuelano a suspender a eleição para a Constituinte. O ministro de Relações Exteriores da Venezuela, Samuel Moncada, já havia anunciado que Caracas iria fazer “uma revisão profunda” da relação com Washington.

O secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, afirmou nesta segunda-feira (31) em comunicado que “a eleição ilegítima de ontem [domingo] confirma que Maduro é um ditador que desconsidera a vontade do povo venezuelano”. “Ao sancionar Maduro, os EUA deixam clara nossa oposição às políticas deste regime e nosso apoio ao povo da Venezuela que busca devolver uma democracia plena e próspera a seu país”, acrescentou.

A sanção significa que todos os ativos de Maduro sujeitos à jurisdição dos EUA estão congelados e que todos os norte-americanos estão proibidos de fazer qualquer transação com o presidente venezuelano.

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Fonte: Opera Mundi

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