© AFP 2018 / Ozan Kose
O jornalista Jamal Khashoggi, que morreu no consulado da Arábia saudita em Istambul, teria sido asfixiado por acidente, escreveu a agência Reuters, citando um alto funcionário no governo saudita.
Segundo a agência, a Arábia Saudita não planejava assassinar o jornalista. Riad teria enviado à Turquia 15 agentes para convencer o jornalista, que nos últimos anos trabalhava nos EUA e criticava o governo saudita, a voltar à pátria.
Porém, durante o encontro com o jornalista, os agentes começaram a ameaçar Khashoggi e ele tentou oferecer resistência e pedir socorro, causando o pânico entre os agentes. Eles teriam tentado lhe tapar a boca, escreve Reuters, mas exageraram na força e acabaram asfixiando o jornalista, afirmou a fonte.Para esconder o assassinato, os agentes ocultaram o corpo de Khashoggi em um tapete, retiraram-no do consulado em um carro diplomático e o entregaram a uma pessoa de confiança em Istambul para que depois se livrasse dele.
Depois, um dos participantes do assassinato teria saído do consulado vestido com as roupas do jornalista morto para que as câmeras fixassem que Khashoggi saíra do consulado.
Caso Khashoggi
Jamal Khashoggi, colunista do jornal Washington Post, vivia nos EUA desde 2017 e foi dado como desaparecido em 2 de outubro após entrar no consulado da Arábia Saudita em Istambul.Durante mais de duas semanas, a parte saudita afirmou que o jornalista tinha saído do consulado. Porém, na noite de sexta para sábado (20), Riad reconheceu que o jornalista foi de fato assassinado durante uma briga com funcionários do consulado.
O rei saudita Salman bin Abdulaziz Al Saud e o príncipe herdeiro Mohammad Bin Salman recentemente expressaram condolências à família do jornalista.