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sexta-feira, 4 outubro, 2024

Financial Times não acredita no pibinho do Bolsonaro!

PIB pequenininho, né, presidente? (Originais: Reprodução/Rede Globo e Wilson Dias/Agência Brasil)

Conversa Afiada

Alta de 0,6% é culpa dos saques do FGTS

O governo de Jair Bolsonaro comemorou o aumento colossal do PIB no terceiro trimestre de 2019: segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – cresceu avassaladores 0,6% entre julho e setembro deste ano.

Trata-se de um resultado que, combinado à alta taxa de desemprego e aos índices estratosféricos de informalidade, comprova a lenta recuperação da economia – a pior dos últimos quarenta anos, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O consumo das famílias, consequentemente, cresceu apenas 0,8% no período.

Mas mesmo esse crescimento minúsculo pode ser considerado pontual, artificial, fabricado.

Um relatório da Secretaria de Política Econômica (SPE), órgão ligado ao Ministério da Economia, vincula o aumento do PIB à liberação de saques de até R$ 500 do FGTS, a partir de setembro deste ano.

Foi o dinheiro que o pessoal usou para comprar papel higiênico na black friday, por exemplo…

O jornal inglês Financial Times, espécie de bíblia do mercado financeiro global, também levantou dúvidas sobre os números do IBGE.

Segundo reportagem, o ministério da Economia revisou duas vezes em apenas uma semana os números das exportações brasileiras – o que pode indicar que o PIB do terceiro trimestre foi calculado com base nos valores errados.

O crescimento real da economia brasileira, portanto, pode ser ainda menor que os 0,6%.

“As diversas revisões e a possibilidade de novas correções no futuro próximo levantam, pela primeira vez, dúvidas sobre a precisão dos dados da economia brasileira – números há muito tempo vistos como exemplos de transparência entre as nações emergentes”, afirma o FT.

Em tempo: o novo valor do PIB ainda não leva em consideração o tarifaço de Donald Trump contra o aço brasileiro, nem a alta dos preços da carne bovina!

Em tempo2: sobre o “pequenininho” da imagem no topo da página…

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