Foto de setembro de 2015 em uma das etapas do diálogo pela paz
Políticos e movimentos como Marcha Patriótica (MP) fazem nesta quarta-feira (22) o anúncio do acordo entre o Governo colombiano e as insurgentes Farc-EP sobre o cessar-fogo bilateral, o abandono das armas, as garantias de segurança e a luta contra as organizações criminosas.
As Farc-EP estão cumprindo a promessa aos milhões de cidadãos que nunca perderam a esperança de viver, escreveu a Marcha Patriótica em sua conta do Twitter.
Hoje é um dia maravilhoso, que viva a Colômbia, afirmou a ex-congressista e defensora dos direitos humanos, Piedad Córdoba em um dos seus Tweets.
Mediante um comunicado conjunto, os porta-vozes governamentais e das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo (Farc-EP) informaram nesta quarta-feira à opinião pública que concluíram com êxito o pacto para silenciar todos os fuzis e o abandono das armas ou desarmamento dos insurgentes.
O texto divulgado na capital cubana, Havana, acrescenta que ambas as delegações conseguiram conciliar posições sobre as garantias de segurança para os agora combatentes durante a próxima etapa de desmobilização e reintegração à vida civil, assim como em torno do enfrentamento às organizações criminosas, incluindo as sucessoras do paramilitarismo.
Segundo o Escritório do Alto Comissariado para a Paz, tais consensos serão divulgados na quinta-feira (23) de maneira integral em Havana, sede das conversações desde 2012, evento em que participará o presidente Juan Manuel Santos, junto a vários de seus homólogos latino-americanos, entre outras personalidades, precisou a mesma fonte.
Chegou a hora de acabar ódios, mentiras e medos e de construir a reconciliação com nossos compatriotas, insistiu o senador Ivan Cepeda, um dos impulsionadores das conversações com as Farc-EP.
O sonho de todas e todos os colombianos durante os últimos 60 anos se torna realidade, enfatizou o porta-voz da Marcha Patriótica, David Florez.
Única no continente, a guerra interna deixou cerca de 300 mil mortos e mais de seis milhões de deslocados de seus lares de origem.
Como resultado das reuniões em Cuba, as duas delegações alcançaram acordos também sobre a reforma rural integral, a participação política, o combate contra o tráfico de drogas ilícitas e a questão das vítimas.
Resta agora fechar os acordos sobre subtemas pendentes e elucidar questões relacionadas com a implementação, verificação e referendo em torno dos consensos, último tema da agenda dos diálogos.
Fonte: Prensa Latina
Tradução da Redação do Resistência
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