Paris (Prensa Latina) Uma mostra do patrimônio subaquático existente nos mares de Cuba se exibe na sede da Unesco em Paris, com imagens impressionantes que impactaram ao numeroso público presente.
A exposição, inaugurada ontem, é fruto do trabalho de uma ampla equipa de especialistas e artistas, e compõe-se de fotografias e pinturas subaquáticas que ejetam-se na história, e esculturas que integram objetos recuperados após vários séculos baixo o água.
O diretor do projeto, Vicente González, declarou para Prensa Latina que seu objetivo é ‘sensibilizar ao grande público sobre a necessidade de proteger o patrimônio cultural e natural subaquático, e por isso estamos a usar a arte com sua força descomunal que sim importar idiomas chega ao mundo todo’.
Neste sentido, explicou, tentamos oferecer uma visão global que parte desde fatos históricos como guerras, que deram lugar a afundamentos e, tempo depois, aos atuais ‘lugares arqueológicos subaquáticos de altíssimo valor’.
O pintor Reynaldo Villamil é o encarregado de plasmar na tela acontecimentos como batalhas navais ou desastres naturais, para o qual realiza um profundo labor de investigação, segundo comentou.
‘Tenho trabalhado muitos temas, mas estou especializado nas batalhas navais como a ocorrida na tomada de Havana pelos ingleses em 1762, e isso leva um vasto trabalho de documentação para pintar cenas com a maior exactidão possível’, assinalou.
Esse labor complementa as fotografias e pinturas subaquáticas que refletem o estado atual desse patrimônio existente no fundo dos mares de Cuba, realizadas por uma ampla equipa de artistas como o espanhol Alfonso Cruz.
Pela sua vez, Teodoro Rubio é o encarregado de proporcionar a informação histórica que valoriza os objetos submergidos.
Ao apresentar a mostra, a embaixadora de Cuba na Unesco, Dulce Buergo, explicou que ela tem lugar no marco de dois importantes eventos atualmente em curso: a sexta sessão sobre a Convenção de Patrimônio Subaquático e na Semana de América Latina e o Caribe.
Pela sua vez, a conselheira de Turismo da embaixada de Cuba na França, Rosa Adela Mejías, realçou a pertinência da mostra quando a nação caribenha procura promover os grandes atrativos do mergulho e os esportes náuticos para a apreciação dos fundos marinhos.
‘E estar na Unesco é muito importante pois temos um público não só da França, senão de mundo todo, e muito sensível ante estes temas de patrimônio e conservação’, destacou.