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sexta-feira, 18 outubro, 2024

Ex-promotor anti-sequestro no México para o caso Ayotzinapa

Cidade do México, 2 de julho (Prensa Latina) O ex-procurador antissequestro da Procuradoria-Geral da República do México, Gualberto Ramírez, enfrenta processo penal desde a prisão por supostos responsáveis ​​pelos crimes de desaparecimento e ato de tortura contra Felipe Rodríguez, informaram hoje fontes oficiais.

O anúncio foi feito neste domingo pela Procuradoria-Geral da República, explicando que pesa a acusação de ter intervindo nos fatos contra Rodríguez Salgado (El Terco), que passou quatro anos na prisão por ser acusado de estar relacionado com o desaparecimento dos 43 normalistas sobre Ramírez, de Ayotzinapa, e acabou sendo absolvido das acusações.

El Terco foi um dos torturados para que declarasse contundentemente que participou do massacre dos 43 jovens, e assim criar a suposta “verdade histórica” ​​com a qual o governo do ex-presidente Enrique Peña Nieto desmantelou toda a investigação processo do 43, encerrou o processo e libertou os verdadeiros culpados.

Após uma audiência de mais de 12 horas no Centro de Justiça Criminal Federal da Penitenciária Sul, o juiz Juan José Hernández Leyva ordenou a prisão preventiva justificada de Ramírez Gutiérrez e concedeu ao Ministério Público um prazo de seis meses para a investigação complementar.

O juiz Hernández Leyva validou os argumentos dos representantes da FGR e considerou que o ex-procurador anti-sequestro participou dos atos de tortura física e psicológica, bem como dos interrogatórios ilegais realizados a Felipe Rodríguez Salgado, liderados por Tomás Zerón, protegido por o governo de Israel.

Segundo provas apresentadas pela FGR, em um centro de detenção ilegal administrado por Zerón, os supostos envolvidos no Caso Iguala foram submetidos a tortura.

No caso de El Terco, teria sido espancado, simulados atos de asfixia e afogamento, e também ameaçado de morte se não confessasse a participação no sequestro e desaparecimento do Ayotzinapa 43 em setembro de 2014.

O juiz Hernández Leyva determinou que o ex-procurador deve ser julgado em prisão preventiva justificada, motivo pelo qual permanecerá preso no Presídio Sul.

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