O presidente russo Vladimir Putin (à esquerda) e seu então colega boliviano Evo Morales, julho de 2019.
O ex-presidente boliviano Evo Morales repudia o mandado de prisão expedido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) contra o presidente russo, Vladimir Putin.
HispanTV- Na sexta-feira, o TPI com sede em Haia emitiu um mandado de prisão para Putin por ser “supostamente responsável pelo crime de guerra de deportação ilegal de população e transferência ilegal de população [de crianças] das áreas ocupadas da Ucrânia”.
Rússia denuncia mandado de prisão contra Putin como ‘legalmente nulo’
Diante da acusação, Morales em sua conta no Twitter expressou sua solidariedade ao “Irmão Putin” e destacou que “o verdadeiro perpetrador de crimes de guerra e crimes contra a humanidade são os Estados Unidos”.
Ele também observou que a ordem contra o presidente russo coincide com uma reunião com autoridades chinesas para buscar soluções para o conflito russo-ucraniano que se arrasta desde fevereiro de 2022.
“O Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão nulo contra o irmão presidente da Rússia, Vladimir Putin, dias antes de seu encontro com seu homólogo chinês, Xi Jinping, que busca criar as condições para um processo de pacificação do conflito com a Ucrânia”, afirmou. escreveu o ex-presidente em um tweet.
Isso, alertou o líder boliviano, “pretende manter um estado de guerra entre duas nações irmãs da Europa para satisfazer a corrida armamentista dos EUA e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN)”.
Além disso, revelou que existe uma campanha “condenável” de estigmatização contra o povo russo, proveniente do “intervencionismo” do governo dos Estados Unidos.
Por seu lado, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, considerou a decisão do TPI “inaceitável”, uma vez que Moscou não reconhece a jurisdição daquele tribunal.
Rússia: tribunal internacional deve julgar a Ucrânia por crimes de guerra
“Consideramos a própria formulação do caso escandalosa e inaceitável. A Rússia, como vários países, não reconhece a jurisdição deste tribunal e, para Moscou, tal decisão do ponto de vista legal é insignificante”, enfatizou.