La Paz, (Prensa Latina) O presidente da Bolívia, Evo Morales, denunciou nesta segunda (17) a atitude de ingerência do secretário geral da OEA, Luís Almagro, contra a Venezuela e as tentativas de golpe de Estado nesse país sul-americano.
‘O que está passando na Venezuela é que pequenos grupos financiados estão alentando, procurando, um golpe de Estado, desconhecer a (Nicolás) Maduro’, disse Evo em sua primeira conferência de imprensa depois de vários dias de repouso por uma operação na garganta.
Desde 6 de abril, porta-vozes da oposição da ultradireita venezuelana, agrupados na Mesa da Unidade Democrática, convocaram protestos de rua que incluíram a ativação de grupos violentos financiados por estes partidos.
O governo estimou em mais de 70 milhões de dólares as perdas ocasionadas por esses grupos, que atacaram escolas, centros de saúde, armazéns de alimentos, escritórios governamentais, escritórios, praças públicas, avenidas e até o Metrô de Caracas.
Evo denunciou que estes conflitos são alentados pelo império norte-americano e para isso usam o seu melhor instrumento: a Organização dos Estados Americanos.
O mandatário referiu-se ao apoio da OEA aos golpes de Estado na região, como o registrado contra o governo de Hugo Chávez em 2002.
Recordou que quando a tentativa de ruptura institucional na Bolívia em 2008, a União das Nações Sul-americanas (Unasul) se reuniu de emergência em Santiago do Chile para recusar esse ataque à democracia.
O presidente destacou a importância dos mecanismos de integração regional, como a Unasul e a Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos para libertar os países de imposições externas e integrar aos povos por um continente de paz com justiça social.
‘Nossa obrigação é como defender a Constituição dos países e a democracia’, disse Evo Morales.