Caracas, 7 jun (Prensa Latina) O primeiro vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), Diosdado Cabello, qualificou de fracasso a tentativa do Governo dos Estados Unidos de intervir nos assuntos internos da nação sul-americana a partir da Organização de Estados Americanos (OEA).
Recordou que o presidente da República, Nicolás Maduro, solicitou em abril de 2017 a retirada da Venezuela da OEA, por constituir ‘um instrumento para a perseguição dos povos’. A Constituição estabelece que as relações internacionais do país são dirigidas pelo Chefe de Estado’.
Cabello denunciou igualmente as pressões exercidas pela administração estadunidense de Donald Trump sobre países latino-americanos com a intenção de somar votos que propiciassem a ‘expulsão’ da Venezuela da organização.
A resolução aprovada na terça-feira na OEA considerou ilegítimas as eleições do dia 20 de maio último, marcadas pela reeleição do presidente Maduro, e exortou os países-membros a implementar medidas políticas, econômicas e financeiras para promover a restauração da ordem constitucional na Venezuela, segundo o expressado pelos autores do documento.
No entanto, para conseguir o objetivo solicitado pelo governo estadunidense de aplicar os artigos 20 e 21 da Carta Democrática Interamericana, que estabelecem a possibilidade de suspender um Estado-membro, precisariam de mais cinco votos dos 19 conseguidos nesta terça-feira em apoio à referida resolução.
Em outro segmento de seu programa, o primeiro vice-presidente do PSUV enfatizou que o congresso da principal organização política do país, previsto para o dia 28 de julho, servirá para fortalecer o partido e renovar a esperança do povo.
Sublinhou que o magno evento da entidade partidária, cujos debates prévios começaram na última segunda-feira, buscará acompanhar o Governo bolivariano liderado pelo presidente Nicolás Maduro para solucionar a situação política e econômica da nação sul-americana.
Por outro lado, o dirigente socialista chamou os povos do continente a defender a soberania da Nicarágua, ao condenar as ações de violência perpetradas por grupos minoritários de direita que têm deixado dezenas de mortos e centenas de feridos.
Cabello sublinhou a similaridade dos fatos violentos ocorridos na nação centro-americana com a onda insurrecional promovida de abril a julho de 2017 por grupos oligarcas contra a constitucionalidade na Venezuela, na busca de precipitar a derrubada da Revolução bolivariana.