South Front (e vídeo, ing.)
A campanha de propaganda contra a aliança sírio-iraniana-russa subiu a novo patamar, agora que o Exército Árabe Sírio está abertamente finalizando a preparação para ataque em solo contra grupos de terroristas no noroeste da Síria.
Durante um briefing dia 7 de setembro, a embaixadora dos EUA no Conselho de Segurança Nikki Haley disse que “quando Rússia e o regime Assad dizem que combatem o terrorismo estão dizendo que querem bombardear escolas, hospitais e lares. Querem castigar os civis que tiveram a coragem de se levantar contra Assad.” [A neo-harpia tétrica (NTs)] disse também que “o regime Assad” deve suspender a ofensiva em Idlib, porque o ataque minará “as conversações de paz”.
“Consideramos qualquer assalto contra Idlib uma escalada perigosa no conflito na Síria. Se Assad, Rússia e Irã continuarem, as consequências serão terríveis” – Haley ameaçou.
No mesmo dia, a CNN distribuiu outra reportagem delirante baseada em funcionários anônimos da Defesa dos EUA. Segundo a matéria, a Rússia teria avisado duas vezes ‘a coalizão’ (são os EUA e uma coalizão comandada pelos EUA) de que forças suas e militares sírios preparam-se para atacar terroristas na zona de 55km que ‘a coalizão’ (são os EUA e uma coalizão comandada pelos EUA) consideram deles, em torno do acampamento militar em al-Tanf. Para a CNN o ataque pode pôr em risco soldados dos EUA lá localizados. Mas a rede não elaborou sobre o problema de como surgiria tal risco, uma vez que não há soldados dos EUA escondidos entre os terroristas.
Depois da notícia, a ‘coalizão’ (são os EUA e uma coalizão comandada pelos EUA) iniciou exercícios militares envolvendo 100 soldados dos EUA na área de al-Tanf.
“Nossas forças demonstrarão capacidade para se deslocar com rapidez, assaltar um alvo com forças integradas aéreas e terrestres e para conduzir extração rápida de qualquer ponto da área de operações conjuntas da Operation Inherent Resolve (OIR) (…) Exercícios desse tipo reforçam nossas capacidades para derrotar o ISIS e garantir que estejamos prontos a responder a qualquer ameaça às nossas forças” – disse o porta-voz do CENTCOM, capitão de Marinha Bill Urban.
Dia 8 de setembro, houve confrontos entre uma unidades da Inteligência Militar Síria e as chamadas Forças Democráticas Sírias (FDS) apoiadas pelos EUA, na cidade de al-Qamishli. Fontes curdas disseram que os confrontos começaram depois que tropas do governo entraram sem permissão na área controlada pelos EUA e FDS. Fontes pró-governo dizem que o ataque das FDS foi longamente planejado. 12 soldados do governo sírio e sete elementos das FDS foram mortos no confronto.
Dia 9 de setembro, a ala política das FDS, o Conselho Democrático Sírio, emitiu declaração em que lamenta o ‘incidente’.
“A coincidência entre esse incidente e a reunião de cúpula em Teerã é questionável” – acrescentaram as FDS na mesma declaração. Foi acusação de-facto que o Conselho fez contra Síria, Rússia, Irã e Turquia, responsabilizando esses países pela escalada.
Ao mesmo tempo, apareceram muitas matérias nos veículos da mídia pró-terroristas, sobre supostas mortes de civis e danos à infraestrutura civil, que seriam efeito de bombas disparadas pela Força Aérea Síria e pelas Forças Aeroespaciais Russas. As matérias surgiram quando forças sírias e russas expandiram os ataques contra instalações e áreas ocupadas pelos terroristas do grupo Hayat Tahrir al-Sham (ex-Frente al-Nusra, ramo sírio da al-Qaeda) e do Partido Islâmico do Turquistão, em Lattakia, ao norte; e ao sul e sudoeste de Idlib.
Uma fonte na 4ª Divisão Blindada do Exército Árabe Sírio disse a SouthFront que esses ataques são preparativos para uma fase por terra da ofensiva naquela área. Mas absolutamente não há qualquer indicação de quando a ação realmente começará.