Estudo mostra que América Latina enfrenta aumento do desemprego

Na terça-feira, a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT) apresentarão seu relatório conjunto, ‘Situação do Trabalho na América Latina e no Caribe. A dinâmica trabalhista em uma crise de características sem precedentes: desafios políticos’.

O estudo aborda a dinâmica do mercado de trabalho em 2020 e especialmente o efeito que a pandemia teve sobre a situação de emprego dos jovens na região.

Dados preliminares da CEPAL indicam que a crise causada pela pandemia de Covid-19 implica uma década de perdas para os países da região, já que o produto interno bruto (PIB) per capita caiu para o nível de 2010.

O duro golpe nas economias da região se reflete no fechamento de cerca de 2,7 milhões de empresas, enquanto 44 milhões de trabalhadores perderam seus empregos.

Como resultado, o número de pessoas vivendo na pobreza no final do ano será de 231 milhões, semelhante ao número de 2005, e o número de pessoas vivendo em extrema pobreza será de 96 milhões, o que representa uma queda em relação ao nível de 1990.

Os grupos sociais mais afetados serão os tradicionalmente mais desfavorecidos, tais como mulheres, jovens, indígenas, afrodescendentes e migrantes.