Nações Unidas (Prensa Latina) Representantes de pequenos Estados insulares exigiram hoje aqui compromisso com a proteção e o manejo sustentável dos océanos, face à celebração neste mês de um foro de alto nível sobre esses espaços marinhos.
Em declarações para Prensa Latina a propósito da Conferência de Nações Unidas sobre os Océanos, prevista de 5 a 9 de junho, o embaixador de Maldivas Ahmed Sareer assinalou que esse evento representa uma oportunidade para atuar e responder ao declive que enfrentam, derivado da contaminação marinha e a destruição da vida nos mesmos.
Temos muitas expectativas na conferência, e esperamos um documento final forte, que se negociou já, com um chamado à ação e um compromisso concreto de todos, disse o atual presidente da Aliança dos Pequenos Estados Insulares, um bloco integrado por 44 países membros e observadores.
Segundo Sareer, para as ilhas, preservar os océanos constitui um tema existencial, daí sua liderança nos esforços dirigidos a garantir que as presentes e futuras gerações desfrutem de maneira sustentável suas riquezas.
A conferência da próxima semana contará com a presença de chefes de Estado e ministros dos cinco continentes, convocados ante o repto de atuar.
Segundo o presidente da Assembleia Geral da ONU, Peter Thomson, não há tempo que perder ante situações como o fato de que se verta nos océanos o equivalente a um camião carregado de desfeitos plásticos a cada minuto ou de que quase um terço dos bancos de pesca conhecidos estejam por embaixo dos níveis de sustentabilidade.
Com respeito à mudança climática, recordou que seu efeito se traduz na elevação do nível do mar, a acidificação e a perda de barreiras coralinas.
Também o embaixador de Seychelles ante Nações Unidas, Ronny Jumeau, sublinhou a Prensa Latina a urgência de realizar um foro exitoso.
Esperamos um melhor entendimento dos reptos que temos em matéria de preservação dos océanos, uma análise profunda de que temos feito, que nos falta e como resolveremos essas carências, advertiu.
Para Jumeau, se tratar de mostrar liderança e de encontrar respostas globais.
Os pequenos Estados insulares não podemos ceder neste objetivo de proteger aos océanos, para nós é uma questão existencial, coincidiu.