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Esquerda brasileira fará protestos de rua contra ação da PF, CIA e MOSSAD por sequestro de palestino e família no Brasil
Sobre a repatriação absurda do professor PhD palestino Muslim Abuammar e de sua família, incluindo uma mulher grávida e uma criança de 6 anos, do território nacional, só podemos afirmar que se trata de um absurdo, feito ao arrepio de todo o nosso Ordenamento Jurídico, desde o ECA, até a Lei de Migração, passando pela Lei de Abuso de Autoridade e pela não observância aos prazos administrativos da Lei 9.784… Um show de horrores! Ainda que se desconsidere que a PF teve a estrutura da sua área de inteligência financiada pela C.I.A., não podemos esquecer que do ponto de vista brasileiro, cabe ao Itamaraty e à Chefia do Estado Brasileiro definir quais grupos são tidos como extremistas (apenas se consideram como tais as organizações assim definidas pelo Conselho de Segurança da ONU, o que não inclui movimentos de resistência nacional, nem da Palestina nem do Líbano), ainda assim, é dose acreditar que operadores do Direito aceitem passivamente a mirabolante tese de que um verdadeiro nerd, cujo único “crime” foi nascer palestino e ter se manifestado publicamente sobre a situação de extermínio de seu povo, possa ter sido considerado como uma “ameaça ao Brasil”, sem nunca ter pego numa arma, durante sua vida. A ameaça era a de que ele trouxesse artigos científicos e fichamentos em sua mala? É dose, também, que a cúpula do governo tenha assistido a esse show de horrores, a esse surreal processo de Kafka, – em que pessoas são detidas na porta do avião por indivíduos sem identificação, sem que sejam infotmadas do motivo e sejam interrogados sem tradutores e colocados no primeiro vôo para fora do país – sem terem dado um pio. É absurdo que o MPF e a Justiça Federal tenham concordado com uma imputação enlatada da contra-inteligência dos EUA, mas que na realidade teve origem em relatório de Tel Aviv, cujo governo está envolvido em uma guerra de extermínio contra o povo do Sr. Muslim. E como que um órgão do governo brasileiro aceita isto, sem qualquer lastro em provas e interroga o sujeito por meros “crimes de opinião”, sem nenhum histórico em ação armada nem de financiamento a nenhum extremista? Como, senhores?!? Como que uma criança de 6 anos, com tio naturalizado brasileiro pôde ser deportada do Brasil a toque de caixa? Que vergonha? Agora, é crime ser palestino, segundo nosso Ordenamento? Por que a mulher do pesquisador foi tratada como bandida por estar grávida e querer dar a luz no Brasil? Isto virou crime? Se fosse israelense poderia? Ficam os questionamentos e a indignação! Que se tomem providências para que esta vergonha NUNCA MAIS SE REPITA! Não estamos nem em Washington nem em Tel Aviv, estamos em território brasileiro… eu acho… Devemos voltar as ruas e as redes.
*Comite Brasileiro de Solidariedade ao Povo Palestino