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As Forças Armadas da Venezuela, país onde está se desenrolando uma crise política, são hoje um dos exércitos mais capazes na região latino-americana, disse na quinta-feira (24) à Sputnik Igor Korotchenko, membro do conselho público do Ministério da Defesa da Rússia.
Anteriormente, o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, advertiu os EUA contra uma ingerência militar nos assuntos da Venezuela, onde hoje se está desenrolando uma grande crise política.
“Graças aos fornecimentos em larga escala de armamentos russos e ao treinamento de especialistas locais para seu uso, o que foi realizado sobretudo ainda no período da presidência de Hugo Chávez e terminado durante o governo de Nicolás Maduro, hoje o exército venezuelano é um dos que possuem maior capacidade de combate na América Latina”, disse Korotchenko.
Em 2009 a Venezuela comprou uma grande remessa de armas, usando um crédito russo de US$ 2,2 bilhões (R2$ 7,5 bilhões), que incluiu sistemas de defesa antiaérea Pechora-2M, S-300, Buk-M2EK, mísseis antiaéreos Igla-S, veículos blindados BTR- 80A, tanques T-72B1V e lançadores múltiplos de foguetes Smerch e Grad.Posteriormente, Anatoly Isaykin, que ocupou o cargo de diretor-geral da Rosoboronexport, declarou que a Venezuela é na América Latina o país líder em importação de armas russas. Assim, em meados de 2013, o volume total de contratos assinados era avaliado em US$ 11 bilhões (US$ 41 bilhões). Atualmente as Forças Armadas de Venezuela estão quase totalmente equipadas com material russo.
No dia 23 de janeiro, Guaidó se declarou “presidente encarregado” da Venezuela. Os EUA, União Europeia e uma série de países da América Latina, inclusive o Brasil, manifestaram apoio a Guaidó e à oposição venezuelana. Nicolás Maduro recebeu apoio da Rússia, Cuba, México, Bolívia, Nicarágua, Turquia e Irã.Moscou reconhece Nicolás Maduro como presidente legítimo da Venezuela e assinala que a postura de países ocidentais mostra a forma como eles encaram o direito internacional, a soberania e a não interferência nos assuntos internos de países.