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domingo, 8 setembro, 2024

Escritório de Direitos Humanos da ONU considera ataque israelense a Rafah aterrorizante

Nações Unidas (Prensa Latina) O Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk, descreveu nesta segunda (12) como aterrorizante a possível incursão militar de Israel em Rafah, Gaza, onde permanecem quase 1,5 milhão de palestinos superlotados.

Numa declaração divulgada aqui, o representante instou Tel Aviv a respeitar as contínuas advertências das Nações Unidas contra ações que violem as leis da guerra.

“A perspectiva de tal operação em Rafah, dadas as circunstâncias, corre o risco de cometer crimes mais hediondos”, acrescentou.

Türk exigiu que Israel cumprisse as ordens juridicamente vinculativas emitidas pelo Tribunal Internacional de Justiça e com todo o âmbito do direito humanitário internacional.

“Aqueles que desafiam o direito internacional foram avisados. A responsabilização deve continuar”, enfatizou o alto comissário.

Tal operação é aterrorizante devido ao número extremamente elevado de civis, principalmente crianças e mulheres, que provavelmente serão mortos e feridos, alertou o comunicado.

“Infelizmente, hoje, dada a carnificina causada até agora em Gaza, é inteiramente imaginável o que nos espera em Rafah”, disse Türk.

A escalada dessa demarcação da fronteira com o Egipto também poderá significar o fim da escassa ajuda humanitária que entra e é distribuída com enormes implicações para toda Gaza, incluindo as centenas de milhares de pessoas que correm sério risco de morrer de fome e fome em o norte., acrescentou o texto.

O alto comissário instou “isto não deveria acontecer” com um apelo para influenciar o fim do conflito.

“Deve haver um cessar-fogo imediato. Todos os reféns restantes devem ser libertados. E deve haver uma determinação colectiva renovada para chegar a uma solução política”, concluiu.

Por seu lado, o Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários assegurou que a população total reunida em Rafah representa agora seis vezes a sua população antes do início das hostilidades em 7 de Outubro.

Esta segunda-feira, mais de 100 palestinianos morreram durante bombardeamentos contra aquela zona fronteiriça com o Egipto durante uma operação aérea para libertar dois prisioneiros detidos pela resistência palestiniana.

Na noite de domingo e na madrugada de hoje, a aviação israelense lançou intensos bombardeios contra a cidade que abriga metade da população da Faixa.

O objetivo da campanha aérea era dar cobertura às tropas terrestres que avançavam na cidade, segundo o porta-voz das Forças de Defesa de Israel, Daniel Hagari, que anunciou a libertação de Fernando Simon Marman e Norberto Louis Har.

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