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sábado, 15 março, 2025

Equador: Revolução Cidadã rejeita vínculos com grupos criminosos

 Quito, 11 de fev (Prensa Latina) Representantes do movimento Revolução Cidadã (RC) do Equador rejeitaram hoje as acusações do presidente e candidato à reeleição, Daniel Noboa, de que ele estaria vinculado a grupos criminosos.

“Há dezenas e dezenas de casos em que pessoas foram ameaçadas de votar no RC. Temos provas (…) Os eleitores estavam até a receber ameaças de grupos armados para que votassem no candidato que os representa”, disse Noboa numa entrevista.

A candidata do RC, Luisa González, que enfrentará o presidente em um segundo turno, respondeu a essas acusações por meio de sua conta no X e afirmou que “os eleitores do RC não são traficantes de drogas nem criminosos”.

Ele exigiu respeito dos equatorianos, “Um país que você não sente na alma porque nem conhece o nosso Hino Nacional”, disse ele.

González acrescentou que a cunhada de Adolfo Macías (conhecido como Fito), líder da gangue Los Choneros, foragido desde janeiro de 2024, é candidata à legislatura pelo movimento governista Ação Democrática Nacional (ADN).

Ele lembrou ao presidente que seu Plano Fénix, como ele chamou a estratégia de segurança, foi um fracasso, já que janeiro passado foi o mês mais violento da história do país e isso é responsabilidade dele.

Ele também exigiu que ele responda pelos bens e recursos do Estado utilizados na mais recente campanha eleitoral, na qual alegou que “foram cometidos crimes graves”.

Enquanto isso, o ex-presidente Rafael Correa, fundador e líder da RC, considerou o presidente um péssimo perdedor.

“De qualquer forma, Noboa admite que seu plano Phoenix nunca existiu e que os cidadãos estão nas mãos de criminosos”, comentou o ex-chefe de Estado em sua conta no X.

A facção do partido disse em um comunicado que a “mentira” de Noboa é uma “cortina de fumaça” para encobrir sua tentativa de fraude, com base em uma pesquisa de boca de urna financiada por ele mesmo para manipular a opinião pública no dia da eleição.

O Equador estava dividido em dois no segundo turno, porque, apesar de haver 16 candidatos presidenciais na cédula, Noboa e González monopolizaram quase 90% dos votos em um duelo acirrado que parece um segundo turno antecipado.

Neste momento, dados oficiais indicam que com 97,07% dos votos processados ​​e válidos, a diferença entre os dois é de apenas 0,22 ponto percentual, Noboa com 44,16% e González com 43,94.

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