Quito, (Prensa Latina) Equador aposta hoje pela entrada em operações do Banco do Sul como mecanismo impulsor da integração econômica regional e o desenvolvimento de seus povos.
Assim o fizeram ver em roda de imprensa o chanceler, Guillaume Long, o Diretor Executivo em Equador do Banco do Sur Andrés Arauz, e Francisco Visse, conselheiro titular para o ente financeiro.
Durante o intercâmbio na sede da chancelaria, Arauz explicou que a instância tem previsto atingir a cifra de sete bilhões de dólares em 10 anos, a partir de sua entrada em operações.
Segundo precisou, os países maiores (Argentina, Brasil e Venezuela) deverão contribuir com dois bilhões cada um, enquanto Equador e Uruguai abonarão 400 milhões, respectivamente, e os 200 milhões restantes os porão Bolívia e Paraguai, divididos a partes iguais.
Nesse sentido, o Conselheiro Titular precisou que inicialmente a cada um desses países, signatarios do Tratado Constitutivo do Banco, contribuirá com cinco por cento do capital conveniado entre as partes para o primeiro ano, tendo em conta a situação econômica e o interesse de dar rápido início às operações.
Visse especificou que a cota anual estabelecida para Equador é de oito milhões de dólares, pelo qual deverá abonar só 400 mil dólares durante os primeiros 12 meses e o mesmo sucederá com os outros Estados, cujo contribua inicial varia, em dependência da quantidade de dinheiro que deve tributar.
As autoridades coincidiram em que o Foro de Ministros de Finanças do Banco do Sul e a III Reunião Ordinária de seu Conselho de Administração, previstos para a próxima semana nesta capital, servirão para especificar novos passos. Ao respeito, Arauz recordou que vários fatores obstaculizaram o avanço da iniciativa, subscrita desde 2007. Não obstante, considerou os próximos encontros como espaços de avanço para conseguir a operatividad da instituição prontamente.
‘Estamos no reta final do processo de designação das autoridades do Banco. Em três dos cinco países que ratificaram sua adesão à instância já foram confirmados os candidatos’, adiantou.
Igualmente considero que América Latina e América do Sul especificamente, vivem um momento crucial em matéria de integração e assinalou uma maior heterogeneidade política na zona. Apesar disso, estimou que a confirmação da assistência às reuniões, dos ministros de finanças, ratifica o compromisso com a unidade regional para além de políticas de estado e de quem esteja no governo.
Por outra parte, assegurou que a entrada em funcionamento do Banco permitirá executar projetos como o da integração ferroviária, algo vital, pois o déficit de financiamento para infraestrutura na região atinge mais de 180 bilhão de dólares ao ano, de acordo com a Cepal.
‘O Banco será também um administrador pelo qual podem ser apoiado iniciativas, com a participação de países sem que estes sejam necessariamente membros’, acrescentou.
Enquanto, o chanceler descreveu como boa notícia o fato de ter conseguido consenso para as reuniões da próxima semana, pois considerou a instituição financeira como uma ferramenta vital para o desenvolvimento de América do Sul.
América do Sul atravessa grandes problemas financeiros, pelo que é uma pena que não se tenha podido entregar o fundo inicial antecipadamente. Há que aproveitar o fato de que os países fundadores e os cinco que têm ratificado o Banco do Sur nos respectivos espaços legislativos são os que se darão cita em Quito para avançar na construção do Banco do Sur, advertiu.
No dia 9 de dezembro de 2007, Argentina, Bolívia, Uruguai, Equador, Venezuela, Brasil e Paraguai subscreveram o Ata Fundacional da instância regional e ainda que todos são membros, os dois últimos estão pendentes de ratificar o instrumento legal.
Não obstante, espera-se que em um futuro próximo o resto dos estados da União de Nações Sudamericanas integrem o mecanismo regional.