Nairobi, (Prensa Latina) A proibição do uso, fabricação e importação de sacolas plásticas entrou em vigor hoje no Quênia, regulação que foi aprovada em março deste ano e celebrada pelos defensores do meio ambiente.
Sob a nova ordem, desrespeitasse a legislação poderia enfrentar não menos de um ano de prisão ou uma multa equivalente a quase 19.300 dólares.
É a terceira vez em uma década que o gigante da África oriental reforça sua postura neste sentido, já que em 2007 e 2011 decidiu reduzir a espessura das sacolas, apesar da medida não ter sido exitosa.
O Programa das Nações Unidas para o Meio ambiente (Pnuma), com sede em Nairóbi, considerou que isto supõe um grande avanço no esforço global para acabar com os lixos plásticos que causam um dano incalculável nos ecossistemas.
‘O Quênia deve receber elogios por sua liderança ambiental. É um grande exemplo que espero que inspire outros e ajude a impulsionar novos compromissos’, afirmou aqui o diretor executivo do Pnuma, Erik Solheim.
Segundo o organismo da ONU, todo ano, dos supermercados quenianos saem cerca de 100 milhões de sacolas plásticas, que se converteram em uma das principais causas de dano ambiental, pois, por exemplo, matam animais e contaminam os locais turísticos.
Também ajudam na reprodução de mosquitos portadores de malária e dengue, entre seus efeitos negativos.
Na região da África oriental, Ruanda (desde 2008) e Eritréia limitaram o uso de plásticos.
Para o Quênia, as sacolas plásticas são um dos principais desafios na eliminação dos lixos urbanos, sobretudo nas comunidades mais pobres, onde o acesso aos sistemas de gerenciamento de resíduos e a atenção sanitária são mais limitados.
O Pnuma lançou uma campanha mundial que tenta eliminar em 2022 as principais fontes de lixo nos oceanos, entre as quais predomina o plástico.
Todo ano mais de oito milhões de toneladas do material vão parar nos oceanos, o equivale a despejar um caminhão cheio de lixo por minuto, opinam os especialistas.