Caracas, AVN
O governo dos Estados Unidos (EUA) insistem em aplicar um embargo petroleiro e um golpe militar contra a Venezuela, segundo se evidencia das declarações do encarregado de negócios da embaixada estadunidense na Venezuela, Todd Robinson, em entrevista para a página web de direita Runrunes, divulgada nesta quinta-feira.
O funcionário estadunidense foi consultado se os Estados Unidos acreditavam “que a Força Armada venezuelana deveria se pronunciar neste momento de crise”. E Robinson respondeu o seguinte: “Eu diria que não podemos nos dar o luxo de desclassificar nenhum setor na negociação para uma Venezuela melhor. É evidente que o setor militar tem muita influência no futuro do país e se eles podem ajudar, não vamos dizer que não.”.
Robinson comentou as declarações do chefe da diplomacia estadunidense, Rex Tillerson, que em 1º de fevereiro insinuou que os militares venezuelanos poderiam se transformar em “agentes da mudança”. Sobre este ponto disse: “Acredito que neste contexto, o secretário de Estado está dizendo que se eles podem ter um papel positivo para abrir a política, para gerar um ambiente mais confiável para melhorar a situação, bem-vindos”.
Robinson também ameaçou que seu país “poderia” aplicar um embargo petroleiro contra a Venezuela a curto prazo, e assegurou: “Eu entendo que tudo está encima da mesa em quanto às estrategias para a Venezuela”.
O funcionário estadunidense celebrou as sanções que os EUA aplicaram contra a Venezuela, e ameaçou que “seguramente vamos ver mais ações como estas”.
“Não vou detalhar exatamente quais, mas pelo que vi e escutei em Washington, as sanções vão continuar”, e destacou que estas “são uma maneira de chamar a atenção” do governo bolivariano.
As declarações do encarregado de negócios da embaixada dos Estados Unidos em Caracas, foram rejeitadas pela presidenta da Assembleia Nacional Constituinte (ANC), Delcy Rodríguez, que anunciou que este organismo plenipotenciário avalia adotar as medidas diplomáticas correspondentes.