México, (Prensa Latina) O presidente Andrés Manuel López Obrador despojou nesta sexta (26) as empresas transnacionais beneficiadas pelas reformas energéticas antipopulares nos governos de Felipe Calderón (2006-2012) e Enrique Peña Nieto (2012-2018).
O presidente dedicou sua conferência de imprensa de sexta-feira no Palácio Nacional à questão espinhosa, que está que está em brasa por causa de um juiz que defende os empresários, que parou definitivamente uma reforma legislativa proposta pelo executivo para eliminar esses privilégios.
A proposta foi aprovada pelas duas casas do Congresso, endossada pelo presidente e publicada no Diário Oficial, mas não pôde ser aplicada pela decisão daquele juiz distrital solitário, que se baseou em supostas inconstitucionalidades da reforma que o governo rejeita.
O presidente advertiu que se a Suprema Corte aceitar a decisão deste magistrado, com um histórico de arbitrariedade judicial, ele apresentará uma proposta para reformar o tribunal e até mesmo eliminar a palavra ‘justiça’.
Manuel Bartlett, diretor da Comissão Federal de Eletricidade (CFE), e técnicos apareceram hoje na coletiva de imprensa, que deram detalhes do saque que essas empresas cometeram bilhões de dólares desde o tempo do ex-presidente Calderon até hoje.
A reforma energética de Peña Nieto, disse Bartlett, colocou o setor nas mãos dessas transnacionais e elas dominaram os investimentos, a produção, a distribuição e os preços sobre a CFE.
Disse que a campanha contra a proposta apresentada por López Obrador tem ressoado após sua aprovação no Congresso. As empresas privadas têm em suas mãos 40% da energia e geram permanentemente ‘novas perdas’ para aumentar os subsídios e privilégios.
López Obrador explicou que eles têm afetado o interesse público em eletricidade desde que o ex-presidente Carlos Salinas de Gortari (1988-1994) lhes permitiu comercializar eletricidade.
Não queremos que continuem roubando mais sob o pretexto de produzir energia limpa e porque não querem perder seus privilégios, vão aos juízes e têm o apoio da mídia no México e no exterior, como o El País da Espanha e o New York Times, que está a serviço desses empresários. Mas não vamos ceder a nossa posição, assegurou ele.