© Foto / Fred Loureiro/Secom
Sputnik – Mais de 200 mil vítimas do pior desastre ambiental da história brasileira terão o seu caso ouvido em um tribunal do Reino Unido.
No que se tornou a maior ação coletiva da história jurídica inglesa, milhares de pessoas estão processando a mineradora anglo-australiana BHP por seu envolvimento no rompimento da barragem de Mariana, no ano de 2015.
O desastre
liberou resíduos tóxicos de mineração em
640 quilômetros de hidrovias ao longo do Rio Doce. Os requerentes,
escreve o jornal The Guardian, estão buscando pelo menos
US$ 6 bilhões (R$ 31,5 bilhões) em compensação.
O tribunal de apelação divulgou um julgamento de 107 páginas nesta sexta-feira (8) determinando que a BHP, que tinha sua sede em Londres no momento do rompimento da barragem, teria que responder por seu papel no desastre.
Quando a barragem de rejeitos de Fundão, em Minas Gerais, rompeu, foram liberados 40 milhões de metros cúbicos de resíduos tóxicos de mineração,
matando 19 pessoas, soterrando aldeias, deixando milhares de desabrigados e
afetando a subsistência de centenas de milhares.
Os reclamantes, incluindo representantes das comunidades indígenas Krenak, incluem 530 empresas, 25 municípios e seis organizações religiosas.
Distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, Minas Gerais.
Pessoas providenciam suprimentos para evacuados na Arena Mariana, em Mariana, 124 km a sudeste de Belo Horizonte, após o rompimento de uma barragem.
Rompimento de barragem em Bento Rodrigues há um ano provocou danos ambientais imensuráveis.
Um carro sobre ruínas de Bento Rodrigues, em 6 de novembro de 2015, no dia seguinte ao rompimento de barragem de Fundão.
Bombeiros trabalhando nos resgates após o rompimento da barragem da Samarco em Mariana.
Distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, Minas Gerais.
Pessoas providenciam suprimentos para evacuados na Arena Mariana, em Mariana, 124 km a sudeste de Belo Horizonte, após o rompimento de uma barragem.
Rompimento de barragem em Bento Rodrigues há um ano provocou danos ambientais imensuráveis.
Um carro sobre ruínas de Bento Rodrigues, em 6 de novembro de 2015, no dia seguinte ao rompimento de barragem de Fundão.
Bombeiros trabalhando nos resgates após o rompimento da barragem da Samarco em Mariana.
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O processo começou na Inglaterra em 2018. Em julho do ano passado, ele foi reaberto depois que uma
decisão anterior do tribunal superior negou a jurisdição dos tribunais ingleses para julgar o caso.
O tribunal de apelação reexaminou a decisão durante uma audiência de cinco dias em abril deste ano, divulgando seu veredicto hoje (8).
No Brasil, a BHP, juntamente com a mineradora brasileira de minério de ferro Vale, e a Samarco, a joint venture responsável pela gestão da barragem de rejeitos de Fundão, criaram a Fundação Renova, que visa compensar pessoas físicas e algumas pequenas empresas por perdas e danos, bem como mitigar os impactos ambientais do desastre.