Embaixada da Venezuela é saqueada na Bolívia

Na terça-feira, na rede social Twitter, o ministro das Relações Exteriores explicou como livros, computadores, obras de arte, uma frota de veículos e um busto do Libertador Simon Bolívar, entre outros bens, foram roubados, tudo isso detectado após a recuperação da sede diplomática no dia anterior.

‘É difícil entender o comportamento voraz e destrutivo dos usurpadores em nossa sede diplomática na Bolívia. Que sentido pode fazer saquear, desmontar e roubar do busto do Libertador, para veículos, televisões e pratos? Que tipo de barbaridade é essa’, disse Arreaza no microblogging.

Ele explicou como a missão foi saqueada com o consentimento do autoproclamado presidente, o deputado da oposição Juan Guaidó, e chefiada pelo suposto diplomata José Gregorio Cumare, cujos seguidores entraram à força na embaixada e desmontaram o espaço consular.

‘É por isso que é tão importante levar a embaixada com o povo para que eles possam testemunhar este momento histórico’. O povo da Bolívia realizou um milagre; agora é hora de manter o povo no poder político. A unidade de nossos governos, de nossos povos, da América Latina é fundamental’, enfatizou o diplomata.

Ao recuperar a sede na última segunda-feira, Arreaza disse: ‘isto é o que eles queriam fazer com a Venezuela e isto é o que a ala direita, o neoliberalismo, quer fazer com nossos povos: saqueá-los, desmantelá-los, levar tudo para os ricos e não deixar nada para o povo’.

Em uma mensagem na mesma plataforma digital, o Ministro das Relações Exteriores da Venezuela informou ao povo de ambas as nações que a instalação havia sido recuperada e anunciou a nomeação do novo embaixador, o Vice-Ministro das Relações Exteriores Alexander Yánez.

Após a retomada do trabalho diplomático, Arreaza procedeu à retirada do retrato do adversário da sede e realocou os quadros emblemáticos do Libertador e do líder da Revolução Bolivariana, Hugo Chávez, que foram recuperados pelos diplomatas no momento do golpe de Estado.

Em um evento que contou com a participação de membros de movimentos sociais e partidos políticos, os índios Amauta realizaram o ritual Q’oa, uma limpeza espiritual para afastar as energias ruins e abençoar o novo esforço diplomático.