Lula, Bolsonaro e New York Times (Foto: Reuters | Reprodução)
“Todos nós precisamos desesperadamente de um novo presidente brasileiro que não queimará a floresta Amazônica”, afirma vídeo das colunistas Agnes Bridge e Alessandra Orofino
247 – Um vídeo publicado no perfil The New York Times Opinion, produzido pela cientista ambiental Agnes Bridge e pela economista Alessandra Orofino, defende a eleição do candidato do PT à presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, como a “única escolha correta para salvar o futuro da vida humana no planeta.”
O vídeo menciona o risco ambiental que Jair Bolsonaro (PL) representa: “A floresta Amazônica está sob ataque”, “a floresta Amazônica está queimando em ritmo recorde” “não há mais copas nas árvores”, “em anos recentes o problema está ficando muito pior” são algumas das frases destacadas.
“Um candidato (Lula) quer salvar a Amazônia e o outro (Bolsonaro) quer queimá-la. A maior floresta tropical do mundo é a minha casa, mas o resultado dessas eleições ameaça não apenas tudo isso (a floresta) mas tudo isso (o mundo)”, declarou a líder indígena Txai Surui ao documento publicado por um dos maiores jornais do mundo.
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Ao falar sobre as eleições presidenciais no Brasil e o risco ambiental que está atrelado às propostas de Bolsonaro, as colunistas são enfáticas: “o dia mais importante para o planeta Terra e sua sobrevivência é o dia 30 de outubro.”
Algumas falas de Bolsonaro em tom de ameaça ao meio ambiente também foram destacadas: “o meio ambiente pode e vai casar com o desenvolvimento. Enquanto eu for presidente, o desenvolvimento estará acima de tudo.” “Não vou admitir mais o IBAMA sair multando a torto e direito por aí, bem como o ICMBio, essa festa vai acabar.”
Como exemplo concreto de uma medida bolsonarista que apresenta risco à Amazônia, o vídeo cita o PL2633, conhecido como ‘Lei da Grilagem’. Sobre tal projeto, as colunistas afirmam “que pode ser a lei menos conhecida, mas com maior potencial destrutivo ao planeta no momento. Vamos chamá-la do que realmente é: a ‘Lei recompense os criminosos, dane-se a Amazônia e que a terra asse no inferno’.”
“O PL2633 daria os terrenos desmatados ilegalmente aos criminosos que os roubaram, não apenas perdoando crimes passados mas dando um passe para cometer novos.”
Lula, por sua vez, é descrito como alguém que fez um “plano agressivo para salvar a floresta Amazônica, criando áreas de conservação maiores do que o Reino Unido, cobrando bilhões em multas ambientais e inventando um sistema de monitoramento da floresta por satélite. Alguns ousaram pensar que o desmatamento da Amazônia poderia até acabar.”
Para as colunistas, a ascensão de Bolsonaro ao poder representou “terras indígenas roubadas”, “ativistas assassinados por madeireiros criminosos e fazendeiros.” “No ano passado 18 árvores eram cortadas por segundo” e “uma área de floresta maior do que a Irlanda do Norte foi perdida para sempre.”
“Milhões de brasileiros estão aterrorizados por seu ataque mortal à Amazônia. Estes brasileiros estão colocando tudo em jogo para salvar a floresta da qual a civilização humana literalmente depende”, descreve o vídeo.
A peça é concluída com uma súplica pelo voto em Lula: “Todos nós precisamos desesperadamente de um novo presidente brasileiro que não queimará a floresta Amazônica.”