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sábado, 15 novembro, 2025

Em sessão da OEA, maioria não reconhece governo Guaidó

Apenas 16 países deram respaldo ao governo autoproclamado da Venezuela. Organização precisa de 18 para iniciar processo de reconhecimento 
Jornal GGN – A Organização dos Estados Americanos (OEA), sediada em Washington, Estados Unidos, não conseguiu reunir o número de membros suficientes na sessão extraordinária do Conselho Permanente para retirar a legitimidade do governo Maduro, e conceder a cadeira da Venezuela para o embaixador indicado pelo presidente autoproclamado Juán Guaidó.
A reunião aconteceu nesta quinta-feira (24) e apenas 16 países, liderados pelos Estados Unidos, deram respaldo à ação de Guaidó. O líder da oposição e presidente da Assembleia venezuelana se proclamou como presidente interino durante uma manifestação na última quarta-feira, em Caracas.
A sessão da OEA contou com a presença do secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo. “Chegou o momento de a OEA, como instituição, se alinhar com a democracia e com o império da lei e reconheça o novo presidente [da Venezuela]. A hora de debater já passou”, apelou.
A pedido de Nicolás Maduro, a Venezuela está em processo de desligamento da OEA que termina em 28 de Abril. Logo após Guaidó se proclamar presidente, o porta-voz da OEA, Luiz Almagro pediu o cancelamento da saída da Venezuela. Mas a mudança do curso não é tão simples.
A organização precisa convocar uma Assembleia Extraordinária de Chanceleres. Para isso, vai precisar de 18 votos dos 35 países membros, somente para fazer a convocação. Mas, na reunião de ontem, obteve 16.
Depois de conseguir os 18 votos para chamar os primeiros-ministros das relações exteriores, o segundo passo será pôr em votação o pedido de reconhecimento do governo de Juan Guaidó e não legitimidade do governo Maduro.
Se mais de dois terços do total de 35 países se posicionar contra o governo chavista, portanto 23 países, aí sim, Guaidó poderá manter a Venezuela na organização e colocar Gustavo Tarre como novo Embaixador do país na OEA.
Segundo informações do jornal colombiano El Tiempo, os participantes da reunião de ontem na OEA ficaram surpresos com a “alto nível e intensa pressão que os EUA decidiram praticar sobre o tema Venezuela”.
“É muito estranho, de fato, que o secretário de Estado decida visitar a OEA para uma reunião com embaixadores, apesar de sua sede ficar apenas a alguns quarteirões do Departamento de Estado”, pontuou o jornalista Sergio Gómez Maseri.
Além dos EUA, votaram em favor do governo Guaidó: Argentina, Bahamas, Canadá, Brasil, Chile, Costa Rica, Equador, Colombia, Honduras, Guatemala, Haití, Panamá, Paraguay, Perú e República Dominicana.
Enquanto a votação acontecia na OEA, o ministro da Defesa a Venezuela, general Vladmir Padriño López acompanhou outros comandantes da Força Nacional proclamando apoio a Maduro e chamando Guaidó de golpistas.

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