Panamá, (Prensa Latina) Os efeitos da ampliação do Canal de Panamá no comércio marítimo mundial serão analisados na Conferência Intermediária da Associação Internacional dos Portos (IAPH) a ser celebrada entre 10 a 13 de maio nesta capital.
A reunião do sexagenário organismo antecede à inauguração das novas mudanças da via fluvial em 26 de junho, o que permitirá o cruzamento transoceanico de megabarcos que triplicam a capacidade de ônus dos que atualmente atravessam o Istmo.
Os organizadores do encontro ofereceram aqui uma conferência de imprensa, onde informaram que também examinarão os efeitos da mudança climática e as estratégias de adaptação no setor marítimo e portuário, envolvimentos em atender aos NeoPanamax (megabuques), o sistema portuário panamenho e sobre o porto del mañana.
Como parte da agenda terão painéis, conferências, rodadas de negócios, exposição, visitas técnicas às novas esclusas de Aguas Claras na vertente atlântica do Canal e ao moderno Terminal de Contêiners de Manzanillo (MTC), ambos na província caribenha de Colón.
Entre os palestrantes estão figuras internacionais do ramo, como o experiente Walter Kemmsies, pioneiro no emprego em massa de contêiners para o comércio, também altos diretores do Canal de Panamá, MTC, a Autoridade Marítima istmeña, e outros convidados.
A reunião faz parte das expectativas do setor pelo impacto da ampliação da rota transítsmica nas correntes produtivas e o comércio planetário.
Desta forma se eliminará o que atualmente constitui um “pescoço de garrafa” que estrangula a chegada ágil de mercadorias de um a outro oceano, limitando o transporte pela via fluvial das embarcações, cujas dimensões máximas as definem as centenarias esclusas, daí sua denominação Panamax.
Com esta transformação poderia se mudar de maneira significativa custos de produção, decisões de investimento, relocalização da infraestrutura produtiva e comercial, duração do ciclo desenho-produção-consumo, modelos de operação de negócios e valoração de ativos, opinaram pesquisadores.
Maiores instalações portuárias, novas tecnologias, incorporação de participantes na corrente, centros de distribuição, diferentes rotas de fornecimentos e estabelecimento de “aglomerações” (clusters) produtivas que envolvem montantes substanciais de investimento, já estão em marcha, assinalaram várias fontes.
A IAPH surgiu em 7 de novembro de 1955, na cidade estadunidense de Los Angeles, e aglutina atualmente 180 portos em 90 países, os quais movem 60% do comércio marítimo mundial; é uma organização sem fins lucrativos cuja sede principal está em Tóquio, Japão.