Luanda, (Prensa Latina) O presidente angolano João Lourenço afirmou nesta sexta (16) que o ensino superior deve ser visto como um investimento produtivo, cujos frutos se colherão no futuro.
Lourenço visitou a sede em meio à construção e ratificou o interesse do governo em concluí-la por etapas. O projeto começou em 2000 e acolhe cerca de três mil alunos. Quando estiver concluído, sem uma data ainda provável, receberá uns 40 mil.
Sonhar não custa nada, expressou o governante depois de uma exortação à comunidade da UAN, situada entre as 10 primeiras do ranking no continente.
O desafio é para todos os centros de ensino superior, acrescentou ao esclarecer que gostariam de observar a primeira universidade pública angolana na seleta lista.
A conclusão do campus supõe a construção de escritórios, laboratórios e pelo menos um hospital universitário, bem como de moradia para acolher estudantes desfavorecidos economicamente ou que residem em lugares distantes.
O dignatário, que na segunda-feira percorreu dois centros de formação técnica nesta capital, chamou a estabelecer uma melhor seleção dos estudantes por suas capacidades acadêmicas.
Esclareceu que buscarão a maneira de potencializar o sistema de bolsas no país para o aumento das matrículas em carreiras de engenharia, medicina e informática.
Igualmente, chamou a classe empresarial a oferecer oportunidades de estágios aos estudantes e vagas trabalhistas uma vez graduados.
A ministra de Educação Superior, Ciência e Tecnologia Maria Sambo adiantou que em curto tempo lançarão um concurso público para a contratação de professores, uma falta que muitos estudantes apontaram em várias carreiras.
Embora não se tenha precisado uma data concreta nem a quantidade de beneficiados, Sambo reconheceu que recebeu a indicação de Lourenço para levar adiante a seleção de docentes.
Os alunos também pediram bibliotecas e laboratórios para melhorar sua formação nas diferentes especialidades.
Em Angola existem 24 universidades públicas e 48 privadas. A matrícula deste ano foi de 138 mil alunos, quase 100 mil a menos que em 2016.