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Sputnik – No mês de outubro, o euro suplantou o dólar como moeda preferida para pagamentos globais pela primeira vez em sete anos.
A mudança ocorre em meio à crise econômica gerada pela pandemia, eleições presidenciais nos EUA e guerra comercial com a China.
Diversos fatores renovaram a pressão para reduzir a proporção dos pagamentos internacionais em dólares, tornando a moeda da União Europeia preferida na realização de pagamentos, acompanhada pela libra esterlina e o iene.
Entretanto, o dólar canadense superou o yuan da China, segundo dados da Sociedade de Telecomunicações Financeiras Interbancárias Mundiais (SWIFT, na sigla em inglês) citados pela Bloomberg.
Isto representa aproximadamente 37,82% das transferências que a SWIFT registrou no mês passado em euros, um aumento de mais de seis pontos percentuais desde o final de 2019.
Entretanto, o uso do dólar caiu aproximadamente 4,6 pontos percentuais, alcançando 37,64% das transações no mês de outubro.
Desde março, o dólar sofreu uma queda de mais de 11%, segundo o índice da Bloomberg, e os especialistas calculam que seu valor pode cair ainda mais caso as vacinas contra a COVID-19 sejam amplamente disponibilizadas em 2021, pois os investidores podem migrar dos ativos norte-americanos para os internacionais, já que pode haver mais movimentos econômicos no resto do mundo.
“Acreditamos que a distribuição das vacinas marcará todos nossos indicadores do mercado em baixa, o que permitirá que o dólar siga um caminho similar ao que experimentou desde o princípio até meados da década de 2000”, quando a moeda começou uma queda de vários anos, afirmou o estrategista da Citigroup Calvin Tse.
Até o momento, o dólar continua sendo a moeda principal de financiamento, com aproximadamente metade de todos os empréstimos internacionais e títulos da dívida internacional, segundo relatório publicado pelo Banco de Pagamentos Internacionais no mês de julho.