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quinta-feira, 6 fevereiro, 2025

Desce copioso sangue dos lábios genocidas de Netanyahu

 REUTERS/Ronen Zvulun

Redação do Pátria Latina

O cessar-fogo em Gaza não poderia completar vinte e quatro horas. Vinte e quatro? Nem doze e já Benjamin Netanyahu sentia a garganta sedenta do sangue palestino.

São 82 mortos, decorridas menos de 20 horas após o anúncio do acordo de cessar fogo, entre o Hamas, órgão palestino representando os habitantes da Faixa de Gaza e o Estado de Israel.

“Israel atacou o local onde estava uma das reféns que deveria ser libertada na primeira etapa do acordo”, informou o Hamas, de acordo com a agência noticiosa SputinikBrasil.

No ataque foi atingido o prédio da União dos Engenheiros na cidade de Gaza, onde morreram 18 pessoas.

É um verdadeiro projeto de extermínio que não se limita à Faixa de Gaza e à Cisjordânia, mas envolve boa parte do Oriente Médio, que o Líbano é a vítima atualmente incorporada.

A História de Israel é um misto de fantasias e religião. A Judeia, de acordo com estudos etnográficos, não chegou a congregar as 12 tribos por mais de 86 anos. Os judeus sempre andaram espalhados pelo mundo sem se integrarem a qualquer povo.

Pode ser explicado que são racistas desde sempre, colocando a pureza racial como os nazistas da Alemanha Hitlerista, uma questão política, ultrapassando todas fronteiras humanas.

Para nós, povo altamente miscigenado como o brasileiro, é até difícil entender ser a exclusão racial uma questão que une a religião e a política. E tivemos quase quatro séculos vergonhosos de escravidão negra.

Mas o Estado Judeu surge bem antes do Estado de Israel, no século XIX, pela ação do jornalista Theodor Herzl (1860-1904), austro-húngaro que se tornou fundador do moderno Sionismo político.

Para justificar este Estado e sua localização fez-se uso do Velho Testamento, da Bíblia de católicos e protestantes. É curioso que a religião preceda o território nacional, mas assim se deu com Israel e o judaísmo.

Desde maio de 1948, quando a Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou a ideia lançada por Theodor Herzl, inicialmente circunscrita a um território milenarmente ocupado por árabes e palestinos e, mais recentemente, no século XX, por judeus, até então espalhados pelo mundo, que recebiam recursos financeiros e pedaço de terras para se mudarem para o futuro Estado de Israel.

Assim foi se formando a população judaica na Cisjordânia e teve início a desumanização dos palestinos.

O curioso é que não se encontra literatura sobre Israel ter sido constituído por interesse do poder da Inglaterra e da França, no local do antigo Império Otomano entregue ao protetorado inglês. E ainda mais, ter-se constituído num tipo de laboratório vivo da extrema direita internacional para conter “indesejáveis”.

Este “controle populacional” foi usado pelo General Augusto Heleno Ribeiro Pereira (1947) quando comandante militar da Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (MINUSTAH), entre junho de 2004 a setembro de 2005. Posteriormente o General Heleno foi Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, no governo de Jair M. Bolsonaro (1º/1/2019 até 31/12/2022).

Também há suspeitas de que o General Walter Souza Braga Netto (1957), ocupando o cargo de Interventor Federal na Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro, para o qual foi designado pelo então Presidente Michel Temer, de fevereiro a dezembro de 2018, tenha aplicado a experiência israelense, pelo aumento de quase 40% nos homicídios cometidos por policiais. O general Braga Neto encontra-se atualmente preso.

Israel, antes de se anunciar o acordo de cessar-fogo, vinha registrando crescente isolamento na comunidade internacional. Embora Benjamin Netanyahu já tivesse sido condenado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) que emitiu mandado de prisão contra ele por crimes de guerra. Porém tendo o apoio dos Estados Unidos da América (EUA) era pouco provável que os países do Ocidente resolvessem acatá-lo.

O que se vê atualmente é o sufocamento da crítica, o afastamento do cerne dos problemas para criar defesas identitárias, ambientais, poupando os sanguinários criminosos, os “inimigos da fraternidade universal”.

Resistir é preciso.

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