Santiago do Chile, (Prensa Latina) Uma proposta do governo visando a realização das eleições no Chile em 11 de abril em dois dias foi rejeitada hoje pela Câmara dos Deputados.
O executivo pretende realizar essas eleições no sábado, 10 de abril e no domingo, 11 de abril, a fim de, assim, reduzir as possíveis multidões nos centros de votação e, assim, evitar possíveis infecções devido à pandemia Covid-19, que atualmente está em pleno crescimento de uma nova onda.
A iniciativa prevê que o eleitor escolha um desses dois dias para votar e que as urnas sejam guardadas durante a noite de sábado e na manhã de domingo por integrantes das Forças Armadas e funcionários do Serviço Eleitoral.
Nesse dia os deputados aprovaram o projeto em geral que exigiu 92 votos, com 97 a favor, 34 contra e seis abstenções, mas ao fazer a análise em detalhe, nenhum dos dois capítulos que o compõem obteve o apoio necessário.
Os votos contrários não eram apenas da oposição, mas também incluíam legisladores do partido no poder.
Agora a proposta deve ser analisada por uma comissão mista de senadores e deputados para dirimir as divergências levantadas na Câmara, uma vez que o Senado já havia aprovado o texto anteriormente.
Os detratores da medida levantam, sobretudo, a preocupação com os possíveis riscos de fraude, com algum tipo de manipulação das urnas entre os dois dias, e garantiram que tão importante eleição deveria gozar da maior transparência.
Os analistas consideram este resultado um fracasso para o governo, porque não conseguiu nuclear todos os seus deputados em apoio ao seu projeto, já que mesmo entre os votos contra ou abstenções há 11 da direita Renovação Nacional.