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quinta-feira, 28 março, 2024

Depois de ser acusado de furar fila de vacinação, ex-presidente do Peru pega COVID-19

AMÉRICAS

Sputnik – O ex-presidente do Peru, Martín Vizcarra, anunciou ter pegado COVID-19 sintomática quase dois meses depois de ter criado uma grande crise política e ter sido acusado de furar fila de vacinação durante testes clínicos.

Em novembro do ano passado, Vizcarra foi acusado pelo Parlamento peruano de “incompetência moral”, diante da queda do PIB (Produto Interno Bruto) nacional, e pelo fato de o país sul-americano apresentar um dos níveis de mortes por COVID-19 mais altos do mundo.

Em fevereiro de 2021, o ex-líder peruano utilizou seu status social para se alistar nos testes clínicos para a vacina chinesa contra a COVID-19 da farmacêutica Sinopharm. Vizcarra chegou a insistir que ele e sua esposa fizeram um “ato de bravura” ao se voluntariarem para os testes clínicos. Contudo, mais tarde, um dos médicos responsáveis pelos testes clínicos afirmou que o ex-presidente sabia que estava recebendo a vacina, e não um placebo.

Porém, depois de tanta confusão, o ex-presidente anunciou no Twitter que “apesar dos cuidados necessários para evitar levar o vírus para casa, minha esposa e eu testamos positivo para COVID-19 e somos sintomáticos. Minha família está tomando as medidas de isolamento necessárias. Não baixemos a guarda”.

Tamanho escândalo resultou nas demissões da ministra da Saúde, dra. Pilar Mazzetti, e da ministra das Relações Exteriores, Elizabeth Astete, que, por sua vez, admitiu ter sido também vacinada em janeiro de 2021, semanas antes do programa de vacinação no Peru, lançado em 9 de fevereiro.

No início deste mês, legisladores peruanos votaram para banir Martín Vizcarra de exercer funções no setor público por dez anos, Mazzetti por oito anos, e Astete por apenas um ano.

Atualmente, com mais de 1,7 milhão de casos e 60 mil mortes registradas, o Peru está utilizando diferentes vacinas para combater a pandemia. Além do imunizante da Sinopharm, estão sendo administradas as vacinas da AstraZeneca, da Pfizer, e, em breve, possivelmente, a Sputnik V.

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