Havana (Prensa Latina) A Assembleia Nacional de Cuba considera ”inaceitável” a resolução sobre a ilha caribenha adotada pelo Parlamento Europeu em 5 de julho, numa declaração emitida pela sua Comissão de Relações Internacionais.
No texto, os legisladores cubanos expressaram que dita proclamação resulta contrária aos princípios de respeito, igualdade e reciprocidade conteúdos no Acordo de Diálogo Político e Cooperação, assinado em Bruxelas em 12 de dezembro de 2016, entre Cuba, a União Européia (UE) e seus Estados membros.
Mesmo assim, referem que dito pronunciamiento do Parlamento Europeu deturpa a realidade cubana, e constitui um ato de ingerência nos assuntos internos da ilha caribenha, ao tempo que contrasta com o positivo desenvolvimento das relações de Cuba com a Comissão Européia, o Serviço Europeu de Ação Exterior e com os Estados Membros do bloco comunitário.
O texto afirma que eurodeputados de amplo historial anticubano, opostos ao avanço das relações entre Cuba e a UE, promoveram a adoção dessa resolução, que é desnecessária, inoportuna e de marcado contido colonialista, bem como também responde às políticas unilaterais, discriminatórias e seletivas que caraterizaram no passado a posição da UE para Cuba.
O parlamento cubano destacou que a Resolução Não Legislativa da Euro Câmara, ainda que se refere timidamente às leis e medidas de efeito extraterritorial, não menciona a lei Helms – Burton nem o bloqueio económico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos contra Cuba, com uma posição similar à do presidente desse país nortenho, Donald Trump.
A Assembleia Nacional cubana exorta ao Parlamento Europeu a atender assuntos do território da UE como a decadência da confiança dos cidadãos europeus nas instituições comunitárias e o aumento da xenofobia e das práticas segregacionistas contra as minorias no território.
Neste sentido, também se referiu à carência de solidariedade e de sentido de responsabilidade histórica com que manejam as ondas de refugiados procedentes de África e Meio Oriente, a galopante corrupção em setores políticos europeus, a crescente decadência dos sistemas de segurança social e os escassos avanços que se apreciam no relativo à a igualdade de género nessa região.
Não reconhecemos direito algum ao Parlamento Europeu para abordar assuntos que só competen ao povo cubano, que continua construindo uma Nação soberana, independente, socialista, democrática, próspera e sustentável, conclui o documento.