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domingo, 6 outubro, 2024

Cuba condena a sabotagem terrorista contra o sistema elétrico da Venezuela

O Governo Revolucionário condena energicamente a sabotagem ao fornecimento de eletricidade na Venezuela, que constitui um ato terrorista, dirigido a atingir a população indefesa de toda uma nação, para utilizá-la como refém na guerra não convencional desatada pelos Estados Unidos contra o governo legítimo que preside o companheiro Nicolás Maduro Moros e a união cívico-militar do povo bolivariano e chavista.

Políticos estadunidenses apressaram-se em comemorar um ato que priva a população de um serviço básico fundamental, deixa hospitais sem a energia necessária para operar, interrompe outros serviços elementares indispensáveis na vida cotidiana, como a alimentação, o fornecimento de água, o transporte, as comunicações, a segurança pública, o comércio, as transações bancárias e o pagamento por cartões; afeta o trabalho em geral e impede o funcionamento das escolas e universidades.

A sequência e modalidade dos fatos recorda a sabotagem realizada na  indústria petroleira em 2002, perpetrado então por uma empresa estadunidense proprietária e operadora do sistema automatizado de produção, refino, transporte e distribuição da produção.

Soma-se, ademais, à guerra econômica e financeira impiedosa a que se submete a Venezuela, com o claro objetivo de vencer por carências e privações a vontade política e soberana de um povo que não se deixou dobrar.

Trata-se de uma escalada na guerra não convencional liderada pelo governo dos Estados Unidos contra esse país irmão que se desenvolve depois do fracasso da provocação montada no último 23 de fevereiro com a tentativa de ingressar pela força com uma suposta ajuda humanitária à  Venezuela, desafiando as autoridades legítimas do país, em violação do Direito Internacional e das normas e princípios da Carta das Nações Unidas, com o objetivo de provocar mortes e violência em grande escala como pretexto para uma “intervenção humanitária”.

A experiência da própria história de Cuba e de outros países da região ensina que estas ações são o prenúncio de atos violentos de maior envergadura, como foi a invasão armada de Praia Girón em 1961. A comunidade internacional tem suficientes evidências para estar alerta.

O usurpador e autoproclamado “presidente” criado pelos Estados Unidos disse publicamente que, quando chegue o momento, invocaria o artigo 187 da Constituição para autorizar o emprego de missões militares estrangeiras no país e repetiu exatamente a mesma frase que seus mentores estadunidenses utilizam: “Todas as opções estão sobre a mesa”. Só falta que receba a ordem de Washington, pois se sabe que em sua peregrinação pela América do Sul já solicitou a certos governos apoio para uma intervenção militar em seu país.

A ofensiva contra Venezuela acompanha-se de uma feroz campanha de propaganda macartista e mentiras coordenadas pelo Assessor de Segurança Nacional desse país, John Bolton, como pretexto para a aplicação pela força da Doutrina Monroe, acompanhado ativamente pelo Senador anticubano Marco Rubio, que com o uso frenético das redes sociais, evidencia sua atenção e envolvimento pessoal e conspirativo, nas manobras contra a Venezuela.

Entre os mais persistentes e vergonhosos pronunciamentos, está a calúnia  de que Cuba tem “entre 20 e 25 mil efetivos militares na Venezuela”, que “exercem domínio” nesse país irmão e soberano, e que “têm ameaçado” os integrantes da gloriosa e combativa Força Armada Nacional Bolivariana. Cuba recusa de maneira categórica essa mentira, como recusa com igual firmeza toda insinuação de que existe algum grau de subordinação política da Venezuela a Cuba ou de Cuba a Venezuela.

John Bolton é um mentiroso reconhecido, com credenciais de longa data. Este funcionário foi quem em 2002 acusou Cuba de possuir um programa de desenvolvimento de armas biológicas, falácia desmentida publicamente por quem era então seu chefe, o ex Secretário de Estado Colin Powell, e pelo ex Presidente James Carter. A falsa informação provocou, ademais, que Bolton fosse submetido a uma investigação pelo Congresso dos Estados Unidos.

Bolton assim mesmo esteve entre os promotores da mentira de que o governo de Iraque possuía em 2003 armas de destruição em massa e um programa para desenvolvê-las, o que, repetida a todos os níveis do governo estadunidense e amplificada pelos grandes meios de comunicação, serviu de pretexto para a agressão e ocupação militar daquele país do Oriente Médio por parte dos Estados Unidos, a um preço de cerca de um milhão de mortos e milhões de deslocados iraquianos, além de milhares de soldados estadunidenses falecidos e feridos durante a campanha militar cujo objetivo foi também o petróleo.

Como se difundiu publicamente, e as pessoas honestas e informadas sabem, a relação bilateral entre Cuba e Venezuela se baseia no respeito mútuo, na verdadeira solidariedade, no recíproco  compromisso bolivariano e martiano, fidelista e chavista, com a integração de “Nossa América”, independente e soberana; na vontade de praticar a cooperação complementar entre os povos do Sul  e no empenho de aplicar e defender a proclamação  de América Latina e  Caribe como Zona de Paz.

Nos projetos do Convênio Integral de Cooperação, subscritos entre ambos países, participam pouco mais de 20 mil cubanos, a maioria mulheres,  96% dos quais estão dedicados à prestação de serviços de saúde à população, e outros que trabalham em setores como educação, cultura, desporto e agro alimentação.

O impacto acumulado na Venezuela dessa cooperação, para só citar uns dados, ajudou a salvar 1 473 117 vidas, a realizar 717 029 310 exames de diagnóstico médico, a dar atenção oftalmológica a 62 031 309 de pessoas, a administrar 12 915 648 de vacinas contra o sarampo e a tuberculose, ao que pode ser somado 3 095 546 de alfabetizados.

É totalmente falso que Cuba esteja participando em operações da Força Armada Nacional Bolivariana ou os serviços de Segurança. Trata-se de uma calúnia difundida deliberadamente pelo Governo dos Estados Unidos. Quando Bolton, outros políticos e funcionários do governo estadunidense a esgrimem, mentem deliberadamente com agressivos fins políticos, pois contam com dados e informações suficientes e conhecem a verdade.

Cuba não intervém nos assuntos internos da Venezuela, como a Venezuela não intervém nos de Cuba.

A diferença dos Estados Unidos que tem umas oitenta bases militares na América Latina e Caribe, incluída a que usurpa território cubano em Guantánamo, e umas oitocentas no planeta que dispõem de mais de 250 mil soldados; Cuba não tem nenhuma em país algum, nem especialistas em tortura e repressão policial, nem cárceres secretos, nem forças navais ou aéreas circulando  pela costa e o espaço aéreo imediato de Estados soberanos nem satélites observando cada detalhe.

Com a mentira, o imperialismo promoveu o sangrento golpe de estado de Augusto Pinochet em Chile, e muitos outros golpes de estado e ditaduras repressivas na região. Com mentiras assassinou-se mais de 10 mil cidadãos indefesos na invasão militar ao Panamá de dezembro de 1989. Com elas se provocou a agressão militar e a desestabilização da Líbia.

Com mentiras foi que Estados Unidos e outras potências mantiveram até última hora o pleno respaldo ao infame regime do apartheid na África do Sul.

O Governo Revolucionário adverte e denuncia que a tendência a mentir sem limite nem freio algum de parte do governo dos Estados Unidos teve já perigosas consequências no passado que poderiam ser repetidas  na atualidade.

Original : http://www.cubadebate.cu/noticias/2019/03/11/condena-cuba-el-sabotaje-terrorista-contra-el-sistema-electrico-de-venezuela/#.XIcEsCJKjIV

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